Reforma da Previdência: para Paulo Guedes, momento é de espera

Ministro da economia defende o sistema de capitalização, que será encaminhado ao Congresso na próxima semana como parte da reforma - mas para ser definido apenas em uma segunda etapa

Por: Do Estadão Conteúdo  -  16/02/19  -  11:00
Atualizado em 16/02/19 - 11:21

A equipe econômica está "esperando a coisa acontecer", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em palestra na Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), no Rio. "Há momentos em que você tem de aparecer, falar, e há momentos em que você tem de ficar esperando. O projeto (de reforma da Previdência) está sendo apresentado para a Câmara dos Deputados, para o Congresso. A prioridade total é a reforma da Previdência", disse.


Em seu discurso, Guedes defendeu especialmente o sistema de capitalização (no qual cada segurado poupa para sua própria aposentadoria), que será encaminhado ao Congresso na próxima semana como parte da reforma - mas para ser definido apenas em uma segunda etapa. Em sua opinião, esse regime possui virtudes econômica e moral, por transferir recursos para o futuro, ao contrário do atual, em que "o jovem paga e o idoso consome". 

Guedes disse ainda que o excesso de gastos públicos corrompeu a democracia brasileira, apesar das instituições funcionarem e de os poderes permanecerem independentes. "Só o que falta é completar a transição econômica", destacou. Segundo Guedes, a economia será aberta gradualmente. "Não vai ser linear. Você não pode abrir antes de simplificar os impostos e reduzir os impostos, senão a indústria brasileira fica em xeque", disse.

Política

O ministro também deu sua opinião sobre a classe política, que, segundo ele, deve se "voltar para sua principal missão, de representante do povo". Para Guedes, "a vida política hoje é muito difícil", porque 96% do orçamento é carimbado. "A velha política morreu. Não foi enterrada ainda, mas morreu. A forma antiga de fazer política acabou. Qual é a forma nova? A forma nova tem a ver com gerir os orçamentos públicos. (...) Então, a política vai ser chamada ao real desafio de se reabilitar através dos orçamentos públicos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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