Justiça manda PF reter passaporte de Carlos Wizard quando empresário voltar ao Brasil

Agentes foram até o endereço de Wizard, mas não o localizaram após ele ter faltado para depor na CPI da Covid

Por: Estadão Conteúdo  -  18/06/21  -  19:54
  Empresário Carlos Wizard não compareceu para depor na cpi da covid
Empresário Carlos Wizard não compareceu para depor na cpi da covid   Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

A Justiça Federal determinou nesta sexta-feira (18) a retenção do passaporte do empresário Carlos Wizard após seu retorno ao Brasil. Ele era aguardado na quinta-feira (17) na CPI da Covid, mas faltou ao depoimento.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


A decisão foi tomada pela juíza Márcia Souza, da 1.ª Vara Federal de Campinas, depois de ouvir a Polícia Federal. A corporação tentou fazer a condução coercitiva do empresário, mas ele não foi encontrado em casa. Sua defesa diz que ele está nos Estados Unidos.


"Após as informações da Delegacia de Policia Federal em Campinas, verificou-se que o Senhor Carlos Wizard encontra-se fora do Brasil. Assim, em acatamento à segunda parte da ordem, determino à Polícia Federal que cumpra o último parágrafo do ofício 1560/2021 CPIPANDEMIA, ou seja, proceda a retenção do passaporte de Carlos Roberto Wizard Martins imediatamente após o seu ingresso em território nacional", diz o despacho.


Na decisão, a magistrada determinou que o Senado Federal seja comunicado sobre a medida. Wizard é investigado pela comissão parlamentar sob suspeita de integrar e financiar o chamado 'ministério paralelo', que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro sobre a gestão da pandemia na contramão das orientações do Ministério da Saúde.


O empresário chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal para ser ouvido por vídeo, mas o ministro Luís Roberto Barroso, relator do requerimento, disse que a palavra final sobre a modalidade do interrogatório cabe ao Senado Federal. O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, já rejeitou o depoimento remoto. Barroso, no tanto, deu autorização para que Wizard se recusasse a responder as perguntas dos senadores. O empresário também teve os sigilos telefônicos e telemático quebrados por ordem da CPI.


Logo A Tribuna
Newsletter