Justiça vota no dia 25 pedido de Flávio que pode anular decisões do Caso Queiroz

Se habeas corpus for aprovado, medidas cautelares sobre caso da 'rachadinha' podem ser anuladas

Por: Do Estadão Conteúdo  -  23/06/20  -  02:15
O MPRJ informou que também pedirá para que Flávio Bolsonaro preste esclarecimentos sobre o caso
O MPRJ informou que também pedirá para que Flávio Bolsonaro preste esclarecimentos sobre o caso   Foto: Reprodução/Facebook

Um habeas corpus apresentado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está pautado para esta quinta-feira (25) na Justiça do Rio. Caso a maioria dos cinco desembargadores da 3ª Câmara Criminal concorde com os argumentos dos advogados, todas as medidas cautelares adotadas no caso da "rachadinha", incluindo as quebras de sigilo e a prisão de Fabrício Queiroz, podem ser anuladas.


O texto questiona a competência da primeira instância da Justiça para julgar o senador, que era deputado estadual na época dos crimes supostamente praticados. Pedem que o caso seja analisado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, onde os parlamentares fluminenses têm foro.


A discussão gira em torno da permanência ou não desse direito quando o político já deixou o cargo - do lado dos investigadores, entende-se que há jurisprudência para a extinção do foro. A concessão do habeas corpus prejudicaria as decisões do juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Federal Criminal do Rio, que cuida do caso desde o início.


Além da prisão preventiva de Queiroz, na semana passada, o magistrado considerado linha-dura já autorizou quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico, além de mandados de busca e apreensão.


Na esteira do pedido feito à Justiça, a defesa conseguiu o parecer favorável de uma procuradora do MP do Rio - que é da segunda instância e, portanto, não está ligada à investigação - para sustentar seus argumentos.


Relatora do habeas corpus no colegiado, a desembargadora Suimei Cavalieri chegou a suspender as investigações, por meio de liminar, após o parecer da procuradora Soraya Gaya - e até o plenário da 3ª Câmara analisar o pedido. Dias depois, porém, ela voltou atrás e afirmou que não há lei que verse sobre a possibilidade de conceder foro especial em um caso como o de Flávio.


Os advogados Rodrigo Roca e Luciana Pires passam a representar Flávio nesse julgamento. No fim de semana, após a prisão de Queiroz em sua casa em Atibaia, Frederick Wassef deixou a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro.


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