Flávio Bolsonaro diz que caso Bebianno é 'página virada' e nega crise no PSL

Senador afirmou que o deputado Luciano Bivar (PE) seguirá na presidência da legenda, apesar dos rumores de que a família Bolsonaro queria afastá-lo diante das suspeitas de uso de candidaturas "laranjas" na eleição

Por: Do Estadão Conteúdo  -  20/02/19  -  16:06
Atualizado em 20/02/19 - 16:29

O filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou nesta quarta-feira (20), que a crise gerada em torno do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gustavo Bebianno é "página virada" - e negou possíveis mudanças no partido após as polêmicas.


Flávio afirmou que o deputado Luciano Bivar (PE) seguirá na presidência da legenda, apesar dos rumores de que a família Bolsonaro queria afastá-lo diante das suspeitas de uso de candidaturas "laranjas" na eleição do ano passado em Pernambuco e Minas Gerais.


"Só porque uma pessoa é acusada, não significa que é culpada", declarou. O próprio Flávio é investigado no caso Queiroz, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em relação a Bebianno, disse que preferia não comentar e que a imprensa "poderia ajudar" ao não tocar mais no assunto, porque disse que é uma questão que "machuca todo mundo", citando o pai e Bebianno.


Bivar também evitou o assunto Bebianno e negou que esteja avaliando deixar o partido. "Não penso em deixar o partido", disse Bivar a jornalistas. Estamos vivendo em um estado de direito onde as instituições partidárias estão funcionando perfeitamente e eu acho que o partido está muito bem, está muito unido", garantiu. Bivar não quis falar sobre a demissão de Bebianno.


Reforma da Previdência


Flávio Bolsonaro e Bivar falaram sobre a reforma da Previdência. O texto foi entregue por Jair Bolsonaro nesta quarta-feira ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O senador disse que "o Congresso está consciente de que ou o País aprova a reforma ou o País quebra".


Bivar disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez uma pequena explanação sobre o projeto. "Estamos todos imbuídos de atender o Brasil nas reformas necessárias", disse.


Sobre a derrota na votação desta terça-feira (19), da Câmara, com a derrubada de decreto editado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, Flávio Bolsonaro minimizou e afirmou que "não tem recado" dos deputados ao governo e que a forma de política de Bolsonaro é "diferente", com base no convencimento e não no "toma-lá-dá-cá."


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