Arthur do Val: 'São Paulo é o Estado que mais rejeita Lula e Bolsonaro'

O deputado estadual afirma que corrida presidencial será mais decisiva

Por: Do Estadão Conteúdo  -  14/01/22  -  11:07
Segundo Arthur do Val, SP é o Estado que mais rejeita Lula e Bolsonaro
Segundo Arthur do Val, SP é o Estado que mais rejeita Lula e Bolsonaro   Foto: Agência Brasil e Instituto Lula/Divulgação

O deputado estadual Arthur do Val (Patriota), pré-candidato ao governo de São Paulo, afirmou que o Estado é o que "mais rejeita Lula e Bolsonaro" e, por isso, será decisivo na corrida presidencial. No MBL, o deputado é a ponte com o ex-juiz Sérgio Moro na disputa eleitoral em São Paulo. O presidenciável do Podemos já declarou apoio a uma candidatura de Do Val e, nas redes sociais, disse que o Brasil precisa de sua "locomotiva econômica para sairmos do atoleiro que nos encontramos". Leia os principais trechos da entrevista.


O ex-juiz Sérgio Moro apoia sua candidatura no Estado. Isso se mantém?


Ele é meu candidato e eu sou o candidato dele. Isso está sacramentado. O que se chama de terceira via tem crescido muito. O desafio agora é fazer com que essas pessoas se tornem vibrantes, porque, via de regra, o eleitor da terceira via está cansado. É um eleitor cujo desafio é motivá-lo para que ele vá à luta. Eu e Sérgio Moro estamos completamente envolvidos e eu acredito que seja possível a gente conseguir fugir dessa dicotomia nefasta.


Está consolidada a sua candidatura pelo Patriota?


A gente fez uma lista de exigências para todos os partidos e estamos conversando. A questão partidária é secundária, ela não é fundamental. Nosso pragmatismo, nossa bandeira, nossos valores travam outras lutas que não essa luta da política partidária institucional, isso fica para um segundo plano.


No Patriota, haverá apoio do partido à candidatura do Moro?


O apoio do Patriota à candidatura tem várias camadas. Eu estou no Patriota e vou apoiar o Moro independentemente de qualquer coisa. Mas o apoio institucional é muito mais uma conversa nem do Moro e minha, mas da Renata (Abreu, presidente do Podemos) com o Ovasco (Resende, presidente do Patriota). Estaria o Patriota disposto a fazer isso? Eu não sei. Eu nunca participei dessa parte institucional partidária. O Patriota foi uma plataforma para que eu me candidatasse e colocasse minha chapa à disposição dos eleitores e isso foi cumprido e em 22 é a mesma coisa.


O que o colégio eleitoral de São Paulo significa para uma candidatura de Moro?


O Estado de São Paulo é o que mais rejeita Lula e Bolsonaro e é um Estado que tem uma visão de vanguarda das coisas que acontecem. É claro que o Estado de São Paulo mais uma vez vai fazer história nessa eleição e o Moro enxergou isso, o Moro não é bobo, ele olhou e falou que o Estado é um Estado importante. E, ao analisar todos os outros pré-candidatos, fica claro que nenhum deles representa os anseios da terceira via.


Como a sua campanha pretende contribuir com a do ex-juiz?


Com certeza absoluta a nossa base ajuda muito a alavancar a candidatura do Moro, calcada em valores sólidos, em ações que ele vem mostrando ao longo da sua trajetória que são aquilo que o povo de São Paulo faz, fazem história. Por mais que ele seja do Paraná, ele fez parte de uma grande reviravolta histórica na nossa trajetória e isso é complementar.


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