Polícia recebe informações sobre PM desaparecido estar preso em cativeiro no Litoral de SP
Agentes realizam buscas pelo local indicado em denúncia anônima
A polícia continua investigando o desaparecimento do Policial Militar (PM) Luca Romano Angerami, de 21 anos. Nesta segunda-feira (15), um colega que estava com ele em uma adega na noite do desaparecimento prestou depoimento. Uma denúncia anônima ainda revelou a possibilidade de que o policial esteja vivo em cativeiro na Comunidade do Caranguejo, em Guarujá, Litoral de São Paulo.
De acordo com o delegado Antonio Sucupira, o colega de Luca foi ouvido na delegacia e disse que estava com ele na adega, mas depois foi embora com a namorada e não teve mais notícias do amigo. O homem afirmou que nada de suspeito aconteceu e que eles só estaria se divertindo entre amigos.
A polícia também continua analisando imagens de câmeras de monitoramento. Conforme o delegado, em uma delas, Luca aparece próximo a ponto de tráfico de drogas, onde ficou por cerca de 30 minutos dentro do carro. Logo depois, dois homens se aproximaram do veículo. Sucupira ainda contou que, em outras imagens, Luca aparece em um beco, como se estivesse rendido.
Uma denúncia anônima feita à Polícia Civil ainda revelou que o policial pode estar vivo em um cativeiro de uma comunidade que fica próxima de onde o carro dele foi encontrado. Desde que tiveram acesso a essas informações, diversas equipes da Polícia Militar, Civil e da Coordenação de Operações Especiais (COE) estão realizando buscas pelo local.
Prisão de um suspeito
Um homem de 36 anos, suspeito de participar do sequestro do PM foi preso no último domingo (14). Ele teria dito a Polícia que Luca teria morrido com disparos feitos pela própria arma, depois jogado da Ponte do Mar Pequeno, com uma pedra amarrada aos pés. No entanto, o delegado afirma que algumas informações prestadas pelo homem são desconexas, por isso o real envolvimento dele e a veracidade da história relatada ainda estão sendo investigados.
“No interrogatório dele existem pontos que não condizem com a realidade. Ele diz, por exemplo, que Luca foi morto com oito tiros e colocado no porta-malas do próprio carro. No entanto, nós encontramos o veículo, mas nenhuma mancha de sangue foi localizada”, afirma Sucupira.
Imagens registradas pelas câmeras de segurança da adega em que Luca estava mostram os últimos momentos em que o PM foi visto com vida, por volta de 1h17 de domingo (14). Na manhã do mesmo dia, o carro dele foi encontrado abandonado na rodovia Cônego Domênico Rangoni. Nele, estavam alguns pertences e chaves do policial, além do celular dele, que passou a ser rastreado para auxiliar nas buscas.
Luca Romano atua pelo 3º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (3º BPM/M) da Capital. Apesar do relato do suspeito, ainda não há confirmação oficial de que o agente foi morto.
