PM acusado de abuso sexual e ameaça de morte contra ex-soldado é promovido a coronel

Em nota, Polícia Militar afirmou que ele foi promovido ao cargo após publicação da aposentadoria da instituição

Por: ATribuna.com.br  -  17/07/21  -  17:56
  Soldado da PM de Praia Grande acusa Tenente Coronel de abuso sexual e ameaça de morte
Soldado da PM de Praia Grande acusa Tenente Coronel de abuso sexual e ameaça de morte   Foto: Arquivo Pessoal

O policial militar acusado de assediar e fazer ameaças de morte contra a ex-soldado Jéssica Paulo Nascimento, de 28 anos, de Praia Grande, foi promovido a coronel e aposentado da corporação. O anúncio foi feito neste sábado (17), através de publicação do Diário Oficial do Estado de São Paulo.


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O policial cumpria licença remunerada desde abril quando as denúncias foram protocoladas na Corregedoria da PM. A equipe de A Tribuna procurou a Polícia Militar, que confirmou, através de nota, a aposentadoria do membro por conta do tempo de serviço.


A organização também confirmou à reportagem que é frequente o ato de promoção dos oficiais após a aposentadoria, o que aconteceu com o acusado.


Ainda em nota, a PM afirmou que o "Inquérito Policial Militar segue seus trabalhos e em segredo de justiça, dentro do prazo legal para a instrução do feito”.


Relembre o caso


Em abril deste ano, a ainda soldado da PM Jéssica Paulo Nascimento acusou o tenente-coronel de assédio sexual e ameaças de morte. De acordo com seus relatos, tudo começou em 2018, quando ele havia assumido o comando do Batalhão da Zona Sul de São Paulo e a conheceu.


Após as “investidas” que, segundo ela, aconteceram presencialmente e, principalmente, através de aplicativos de mensagens no celular, seguidas de humilhações e ameaças por áudios quando se recusou a encontrar o superior, Jéssica pegou férias e, na sequência, uma licença oferecida pela psiquiatria da PM.


Depois de seis meses de licença, quando não conseguiu mais prolongá-la, resolver pegar uma em outro formato que, segundo ela, é sem vencimento e não remunera o profissional por dois anos.


Jéssica e sua família decidiram se mudar para a cidade de Praia Grande para ficar longe das ameaças, mas em maio foi forçada a pedir exoneração do cargo.


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