Motorista nega acusação de 'apagar mulheres' em carro no litoral de SP e teme por represálias

Carlos Alan Bastos dos Santos afirmou que está sem trabalhar pelo aplicativo desde o episódio

Por: ATribuna.com.br  -  29/06/22  -  09:11
Carlos registrou boletim de ocorrência e aguarda decisão de empresa de aplicativo
Carlos registrou boletim de ocorrência e aguarda decisão de empresa de aplicativo   Foto: Arquivo pessoal

Um motorista de aplicativo de Guarujá está impedido de trabalhar após ter sido denunciado por uma passageira. Ela abandonou uma corrida quando ele ofereceu um perfume que costuma vender. Nas redes sociais, a passageira acusou CarlosAlan Bastos dos Santos, de 31 anos, de oferecer um produto para 'apagar as mulheres'.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


O caso ocorreu no último sábado (25), no início da tarde. Durante uma corrida, como tem feito nos últimos meses, o motorista apresentou um perfume que vende para ganhar uma renda extra, atividade que faz há mais de seis anos.


"Eu mostrei a embalagem e entreguei na mão da moça. Disse que se ela quisesse poderia borrifar o frasco para ver se gostava do cheiro ou não. Nisso, ela falou que eu não deveria fazer isso, largou o frasco, abriu a porta e saiu correndo, antes mesmo de finalizar a corrida", explica.


No mesmo dia, à noite, Carlos teve seu nome bloqueado do aplicativo devido a uma denúncia contra ele. No dia seguinte, o motorista recebeu de amigos e demais familiares cópias de publicações em redes sociais que o denunciavam.


As postagens, segundo o motorista, foram feitas pela mesma passageira. Nos prints, ela diz que Carlos vende perfumes e "pede para ver se gosta ou não do cheiro, na real esse perfume é eter ou algo do tipo e pode te apagar muito rápido".


Desde o episódio, e com medo de eventuais represálias, Carlos não está trabalhando. "Interfere muito, né. Estou parado, pensando em devolver o carro, que é alugado. Interfere demais com essa notícia que estão fazendo sobre mim, como é que vou conseguir vender algum produto?", desabafa.


Aconselhado pela família e pelos amigos, o motorista tem se preservado desde então, ficando mais tempo dentro de casa. Mesmo assim, o receio ainda é muito grande.


"Fico com receio de que alguma coisa pode vir a acontecer. De alguém querer fazer justiça com as próprias mãos sem saber realmente a história verdadeira", diz.


Desdobramentos
Carlos afirmou que fez contato com o setor de segurança da empresa de corridas por aplicativo. Ele respondeu a um e-mail enviado sobre o seu bloqueio do app e o resultado sairá na próxima semana.


Ele registrou um boletim de ocorrência por calúnia na delegacia eletrônica.


Logo A Tribuna
Newsletter