O médico cubano de 44 anos acusado de passar a mão na parte íntima de uma paciente, após examinar ferimento no pé dela, foi afastado da escala da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mongaguá. O profissional nega qualquer tipo de assédio.
A Prefeitura de Mongaguá informou em nota que o afastamento tem caráter preventivo, enquanto o fato é apurado. A medida foi adotada após uma reunião entre equipes da administração da UPA e da Diretoria de Saúde do município.
Ainda conforme o comunicado, na hipótese de ser confirmada a veracidade da denúncia, o médico será excluído definitivamente da escala da UPA. O profissional não é concursado e nem integra o Programa Mais Médicos.
Segundo a Prefeitura, o profissional atua de maneira eventual na unidade. Ele disse para A Tribuna que é remunerado como “RPA” (sigla de Recibo de Pagamento Autônomo, emitido pela fonte pagadora a pessoa física não regida pelo sistema da Consolidação das Leis do Trabalho).
Delegacia
O suposto assédio ocorreu na última sexta-feira à noite. O delegado Luiz Carlos Vieira, da Delegacia de Mongaguá, ouviu as partes e as liberou após registrar boletim de ocorrência de importunação sexual. Esse crime é previsto no Artigo 215-A do Código Penal e a sua pena varia de um a cinco anos de reclusão.
A paciente é uma monitora de van escolar de 19 anos. Ela foi à UPA porque apresentava ferimento no calcanhar esquerdo. Segundo a jovem, após examinar a lesão, o médico passou a mão no órgão sexual dela, perguntando se ali também estava infeccionado.
Ao refutar a acusação, o médico destacou que examinou a paciente com a porta do consultório aberta. Justificou que apenas verificou se a paciente tinha alguma íngua na virilha.