Produzida em laboratório, a maconha sintética, mais conhecida por K4, passou a ser consumida em unidades prisionais do Estado, motivando a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) a adotar uma série de medidas.
Inicialmente, por se tratar de uma nova droga, os agentes penitenciários receberam instruções para identificá-la. Para reprimir a sua introdução nas unidades, alguns objetos, antes permitidos, passaram a ser proibidos, porque podem ser usados para ocultar a K4 e burlar a segurança.
Em 2017, foi registrada uma ocorrência de apreensão da droga K4 com visitantes na Penitenciária de Presidente Bernardes. Neste ano, até outubro, já ocorreram 40 apreensões em todo o Estado.
Há registros de apreensões da K4 em papel higiênico, forro de calcinha, absorvente, capa de Bíblia e até dentro de um pedaço de muçarela.
Pessoas flagradas tentando entrar com objetos ilícitos em unidades prisionais são automaticamente retiradas do rol de visitas e sofrem as medidas penais cabíveis.
Os agentes públicos que também sejam flagrados em situações parecidas são demitidos a bem do serviço público, além de responderem a processos criminais.
Os presos surpreendidos com drogas ou celulares respondem criminalmente, além de sofrerem sanções disciplinares. Eles ainda perdem os benefícios conquistados durante o cumprimento da pena.