Bailes funk na areia da praia, com sexo e drogas, causam transtornos no Litoral de SP; VÍDEO

Há ainda motos sem escapamento que transitam na faixa de areia e incomodam com barulho excessivo

Por: ATribuna.com.br  -  04/12/23  -  12:00
Atualizado em 04/12/23 - 12:10
Motos, que em muitos casos não têm escapamento, fazem barulho e passam até mesmo sobre a areia da praia
Motos, que em muitos casos não têm escapamento, fazem barulho e passam até mesmo sobre a areia da praia   Foto: Reprodução

Moradores da Praia das Astúrias e imediações, em Guarujá, no Litoral de São Paulo, relataram à reportagem de A Tribuna que têm sofrido com transtornos causados por frequentadores da região, que organizam bailes funk na orla. Além do som alto, o barulho de motos sem escapamento - que são empinadas e transitam até sobre a faixa de areia - tem tirado o sossego da população, que diz que já presenciou brigas, uso de drogas e sexo em público.


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Uma empresária de 33 anos, que preferiu não se identificar, conta que a madrugada deste domingo (3) foi um pesadelo. “Passei a noite em claro com minha bebê no colo, foi um barulho terrível”. Ela afirma que, às 5h da manhã, chegou a acionar a Polícia Militar (PM). “Nesse momento, estava tendo uma briga em frente ao meu prédio. Muita gritaria, motos acelerando, carros parando na contramão. Só conseguimos dormir às 7h, quando o barulho amenizou”.


Uma engenheira civil de 28 anos, que também vive nas proximidades, afirma que os "fluxos", como são conhecidos popularmente os bailes funk, são organizados em grupos nas redes sociais e marcados para dias em que os frequentadores sabem que há menos policiamento no local. Ainda de acordo com a engenheira, que preferiu preservar sua identidade, "a bagunça feita pelos festeiros" teria piorado após a população da área começar a fazer denúncias.


“Nós sentimos muito medo. Não é mais perturbação do sossego, é intimidação”, desabafa, contando que os frequentadores do baile chegam até mesmo a soltar fogos de artifício como provocação. “Eles não estão aqui para curtir, mas para afrontar, porque nós, moradores, chamamos a polícia. Não podemos sair e voltar para casa à noite, porque não temos segurança”, protesta.



Ainda de acordo com a engenheira, o acúmulo de lixo que se forma na região após os bailes também tem sido um problema. “(Há) várias camisinhas. São jovens que vão para debaixo das árvores e praticam sexo. Além disso, fazem xixi e defecam. Virou um submundo, anda surreal conviver aqui”.


À reportagem de A Tribuna, a engenheira relatou ainda que a população tem se indignado com a falta de respostas do Poder Público. “Há a presença da polícia, só que eles não fazem nada. Quando questionados, dizem que prezam pela própria segurança”, diz.


Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Guarujá comunicou que o local é monitorado regularmente pela Força-Tarefa da Guarda Civil Municipal (GCM). De acordo com a Administração Municipal, as operações têm apreendido caixas de som, bicicletas, além de multar veículos que transitam ou estacionam em local proibido.



Os agentes estiveram no local das 19h deste domingo (3) até as 4 horas da manhã desta segunda-feira (4). Ainda segundo a Prefeitura, a Força-Tarefa também atua mediante denúncia, por meio do telefone 153.


Segundo a Prefeitura de Guarujá, a Guarda Civil Municipal tem monitorado o local e feito apreensões de objetos como caixas de som
Segundo a Prefeitura de Guarujá, a Guarda Civil Municipal tem monitorado o local e feito apreensões de objetos como caixas de som   Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá

A Prefeitura reforçou, também, que no próximo dia 18 Guarujá recebe o reforço de 400 policiais militares da Operação Verão 2023/24, que faz parte de um convênio entre o município e a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP).


Procuradas, a SSP e a PM não retornaram até a publicação desta reportagem.


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