Mais fácil de ser ocultada em objetos e correspondências, tentativas de remessa de maconha sintética (K4) disparam nas unidades prisionais da Baixada Santista. Um levantamento da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) aponta aumento de 488,8% no número de apreensões dessa droga, na comparação do primeiro semestre deste com o igual período do ano passado.
Segundo a pasta estadual, foram 472 ocorrências em 2020, ante 86 no mesmo período do ano passado em todas as unidades prisionais do Estado. Na Baixada Santista, forma 12 ocorrências entre janeiro e junho deste ano. Maior volume de fiscalização e trabalho de inteligência são apontados pela SAP para o aumento de apreensão de maconha sintética nas unidades prisionais paulistas.
Na região, as apreensões do entorpecente em correspondências enviadas por familiares passaram a ser registrada na Penitenciária 2 de São Vicente. De janeiro a julho de 2020, foram flagrados 2.169 micropontos em cartas e sedex encaminhados por familiares de presos.
Apreensão de maconha sintética dispara nos presídios da Baixada Santista (Foto: Divulgação/SAP)
Popularmente conhecida como maconha sintética, K4 é formada por substâncias que simulam ou têm uma reação com o princípio ativo da maconha. Porém, a droga sintética é muito mais potente. Na forma líquida, ela é borrifada em pedaços de papel na tentativa de burlar a vigilância dos agentes.
Em nota, a SAP destaca adotar política de tolerância zero à entrada de ilícitos, inclusive entorpecentes, em suas unidades prisionais. ‘Todos os Centros de Detenção Provisória, penitenciárias e Centros de Progressão Penitenciária do Estado contam com escâner corporal e aparelhos de Raio-X de menor e maior porte, além de detectores de metais de alta sensibilidade”.
A pasta informa ainda que esses equipamentos ajudam a coibir a entrada de equipamentos e drogas, atrelados a uma vigilância constante dos agentes de segurança, treinados para evitar a entrada de ilícitos nas unidades, além de revistas periódicas nas dependências dos presídios.