Um adolescente de 14 anos foi identificado, nesta segunda-feira (3), como o autor das ameaças de massacre em uma escola estadual do Guarujá. O caso tomou repercussão nas redes sociais e fez com que familiares tivessem medo de permitir a presença dos alunos nas unidades de ensino.
De acordo com o boletim de ocorrência, o menor identificado estaria por trás do perfil @matador_do_guaruja e teria ameaçado alunos da Escola Estadual Benedito Claudio da Silva, que fica no bairro Vila Itapema. Ele estuda na unidade.
Os agentes tomaram ciência sobre o perfil que estaria provocando pânico, pela ameaça de prática de atos criminosos marcados para acontecer nesta terça-feira (4) e também de que não seria possível a busca de identificação dos dados do autor das ameaças.
Policiais se dirigiram no horário de entrada da escola e identificaram o aluno suspeito, que compareceu na escola para assistir às aulas. Questionado sobre os fatos, na presença de autoridades escolares, o adolescente explicou que teria tentado “hackear” o perfil que ameaçava a instituição, mas não conseguiu.
O menor de idade ainda informou que o celular dele havia ficado em casa. Os investigadores levaram o aluno até a residência e a própria mãe do aluno apresentou o telefone celular e possibilitou o acesso ao conteúdo do aparelho.
Em buscas no eletrônico, os policiais encontraram três perfis na mesma rede social e o armazenamento de imagem em grafite do "anjo da morte", a mesma imagem utilizada como perfil do "matador_do_guaruja".
Na presença de uma professora e da própria mãe, o adolescente acabou confessando que teria de fato criado o perfil ameaçador, mas alegou que não pretendia cometer nenhum ato criminoso ou terrorista, reforçando que não possui armas de fogo e que não imaginava que criaria tanto pânico.
Ainda segundo o documento, o aluno admitiu que a única intenção dele era a de conseguir mais seguidores nesta conta para que eles fossem transferidos para seu perfil pessoal. O boletim foi registrado como ameaça e “falso alarme” no 2º Distrito Policial (DP) do Município.
A autoridade policial também entendeu, subjetivamente, que havia intenção do adolescente de sabotar o funcionamento da escola. O aluno foi liberado à sua responsável legal sob compromisso de apresentação para a Justiça posteriormente.