Onde investir: o Bitcoin reage

Observando um prazo mais esticado, desde janeiro, a cripto está 33% abaixo do pico de US$ 61.195 em 13 de março

Por: Marcelo Santos  -  31/07/21  -  13:45
 Analistas acham que a cripto tem potencial para se recuperar nos próximos meses
Analistas acham que a cripto tem potencial para se recuperar nos próximos meses   Foto: AdobeStock

Desde o fundo do poço no último dia 20, aos US$ 29.793, o bitcoin até as 18 horas de ontem subia 37%, aos US$ 40.869, uma valorização impensável para a maioria dos investimentos. Quem arriscou comprando na baixa (poderia ter caído ainda mais) – acertou. Observando um prazo mais esticado, desde janeiro, a cripto está 33% abaixo do pico de US$ 61.195 em 13 de março.


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Por isso, os analistas acham que a cripto tem potencial para se recuperar nos próximos meses. Porém, os mais empolgados com altas estratosféricas, de até US$ 100 mil ainda neste ano – uma valorização de 144% – são poucos, tamanho foi o trauma com a queda das cotações até o dia 20. Antes da desvalorização, o bitcoin tinha uma capitalização de US$ 1 trilhão e agora está abaixo de US$ 780 bilhões, segundo o portal financeiro ADVFN.


A recente recuperação é atribuída a alguns fatores pontuais. Mais uma vez o bilionário da Tesla, Elon Musk, falou da cripto, mas de forma positiva, de que sua empresa poderá aceitar bitcoins. Além disso, a Amazon, essa sim um colosso empresarial, também sinalizou que vai operar com a moeda virtual.


Outros fatores também podem sacudir o bitcoin, como os movimentos dos governos na tentativa de regularizar o uso de criptomoedas. A China, que proibiu a mineração (processamento das operações de bitcoin), é provavelmente a principal causa das quedas passadas, mas aparentemente o país se acalmou. Há ainda as suspeitas das autoridades americanas sobre fraude bancárias por gestores do Tether, uma stable coin, cripto com lastro em dólar. Esse ativo é muito visado por ser mais estável (por estar atrelado ao dólar) que o bitcoin e operado por investidores para migrar de uma cripto ou outra.


Para encerrar, fica o alerta sobre os analistas que propagandeiam criptos pouco conhecidas, mas de potencial de supervalorização. Muito cuidado, pois são projetos que podem não se consumar eficientes e assim perder rapidamente boa parte do que valiam.


Dólar com fôlego

Basta alguém voltar a cravar que o dólar vai cair abaixo de R$ 5 e ele surpreende de novo. Ontem, notícias de que o governo vai gastar além do teto jogaram a moeda para mais de R$ 5,20. Se você tem compromissos na moeda ou vai viajar para fora, compre aos poucos.


Vale x BB Seguridade

Vale e BB Seguridade estão entre as ações que mais pagam dividendos. Porém, têm desempenho bem opostos em um ano – enquanto a mineradora subiu 91%, a seguradora caiu 19%. Mas a Vale tem mais risco por estar exposta a dólar e cotação do minério de ferro.


Fundo de games

O Tech Games, fundo que investe em empresas dos jogos GTA, Mario, Playstation, Fifa e World of Warcraft, rendeu 20,11% desde novembro. Ele é bem acessível, pois exige aporte mínimo de R$ 100, mas é arriscado – é para quem suporta o vaivém da rentabilidade.


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