Onde investir: Commodities x bancos

Ação da Vale é a mais recomendada pelas corretoras

Por: Marcelo Santos  -  08/05/21  -  20:25

Se antes da alta das commodities se consolidar, a Vale já era a ação do mês mais recomendada pelas corretoras, não seria agora que a empresa perderia este posto. Conforme as recomendações de 27 corretoras publicadas no portal de investimentos ADVFN, com as menções contadas uma a uma pelo colunista, a mineradora foi citada 14 vezes. Neste mês, atrás da Vale, aparecem a ação da B3 (B3SAS3), com oito, e Bradesco, Gerdau e Itaú Unibanco com seis cada (veja as demais no gráfico abaixo). No total, os analistas das casas apontaram 77 companhias, a maioria uma ou duas vezes.


  Conforme as recomendações de 27 corretoras publicadas no portal de investimentos ADVFN, a mineradora foi citada 14 vezes
Conforme as recomendações de 27 corretoras publicadas no portal de investimentos ADVFN, a mineradora foi citada 14 vezes   Foto: Jamie Street/Unsplash

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O resultado está atrelado ao ciclo de altas das commodities – produtos minerais e agropecuários cada vez mais caros devido à recuperação da China e dos EUA. Considerando as empresas com pelo menos três votações, seis são de commodities (mineração, petróleo e carne). Pode-se acrescentar ainda duas siderúrgicas (Gerdau e CSN), setor que tem seu preço associado ao minério de ferro.


O setor bancário foi o segundo mais votado, com quatro companhias nesse grupo citadas no mínimo três vezes. O preferido é o Bradesco, à frente de Itaú Unibanco, BTG Pactual e Banco do Brasil. As recomendações saíram antes da divulgação dos últimos balanços, com lucros elevados.


Fique atento: as recomendações são para ações mais promissoras, nesta condição por estarem mais baratas e, portanto, com potencial de alta, ou porque seus fundamentos indicam expansão do negócio, o que também valoriza o papel. No caso do Bradesco, há meses os analistas esperam sua valorização depois de perder muito valor na pandemia. Mas, a subida da cotação, ao nível esperado, ainda não veio.


De qualquer forma, jamais siga essas recomendações sem estudar cada empresa ou pedir ajuda ao analista da sua corretora. São previsões e muitas delas darão errado ou acabarão surpreendidas pelo vaivém da economia. Além disso, seus objetivos podem ser outros, como ter ou não dividendos, buscar ações mais estáveis ou pensar no longo prazo.


Caderneta em alta

Nos últimos 12 meses, a poupança rendeu 1,63%. Com a Selic a 3,5%, o ganho (equivale sempre a 70% da Selic) vai a 2,45% para os próximos 12 meses ou 2,975% se a Selic ir a 4,25% em junho. Mas a aplicação será vantajosa só se a inflação cair – o IPCA está a 6,1%.


Donos do dogecoin

Considerada piada, a cripto dogecoin é uma das campeãs de rentabilidade, com 14.111% só neste ano. Segundo a Criptomaníacos, a moeda está concentrada na mão de algumas dezenas de grandes compradores, um risco para o pequeno investidor.


Crédito imobiliário

Se você demorou para financiar a casa própria, vai pagar mais caro. A alta da Selic, de 2% para perto dos 4% neste fim de semestre, vai puxar as taxas bancárias para cima. A saída é comprar imóvel barato e dar a maior entrada possível para reduzir o custo financeiro.


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