Litro da gasolina supera R$ 7 em postos da Baixada Santista

Diferença do preço médio entre as cidades chega a 8%, segundo ANP

Por: Júnior Batista  -  26/01/22  -  11:31
Atualizado em 26/01/22 - 19:41
Além da cotação do petróleo, bomba da gasolina também deverá refletir câmbio sob tensão eleitoral
Além da cotação do petróleo, bomba da gasolina também deverá refletir câmbio sob tensão eleitoral   Foto: Matheus Tagé/AT

A diferença do preço médio da gasolina por cidades na Baixada Santista chega a 8%, de acordo com dados apurados por A Tribuna junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O litro mais barato é encontrado a R$ 6,38, em Praia Grande, e o mais caro, a R$ 6,94, em Itanhaém – na cidade, já é possível encontrar gasolina por mais de R$ 7 em alguns postos.


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A Petrobras aumentou os preços da gasolina e do diesel no último dia 11. O custo do litro às distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24, o que significa um aumento de 4,85%. Segundo o Sindicombustíveis Resan, que representa os varejistas do setor, os reajustes são repassados imediatamente para os donos de postos de gasolina.


Entre o fim de dezembro e este mês, já houve aumento nos preços dos postos em ao menos seis cidades da região que têm os valores acompanhados pela ANP.


O maior aumento aconteceu em Santos. O preço médio do litro era de R$ 6,46 em 19 de dezembro e passou para R$ 6,59 no último dia 16, segundo levantamento feito por A Tribuna na ANP, o que significa alta de 2,01%.


Santos tem preços variando de R$ 6,19, o mais barato, encontrado no José Menino, e R$ 6,89, no Gonzaga. A diferença é de 10,15%.


Em Itanhaém, o preço médio do litro era R$ 6,86 no mês passado e passou para R$ 6,94 neste mês. A Cidade possui a gasolina mais cara, já que é possível encontrar o litro a R$ 7,04. Com pesquisa, o consumidor consegue achar preços do litro a R$ 6,79.


Por posto, a gasolina mais barata é encontrada em Praia Grande, a R$ 5,98 o litro (a média da cidade é de R$ 6,38). Entretanto, há postos cobrando R$ 6,69, uma diferença de 10,61% acima do mais em conta.


Petróleo e câmbio
De acordo com o economista do FGV/Ibre, André Braz, a tendência é de equilíbrio na cotação do barril de petróleo Brent, que na ponta influencia os preços da gasolina no País.


“Grandes economias estão começando a retirar seus estímulos fiscais, como os Estados Unidos, que estão aumentando juros. Isso tudo vai impactar na demanda. Para diminuir os preços, sobe-se os juros e diminui a demanda e isso também vai ter impacto no mundo do petróleo”.


Segundo ele, poderia haver chances do petróleo aumentar, no entanto, a variante Ômicron frustrou o mercado, porque medidas mais restritivas para conter o avanço da cepa não estão descartadas.


De acordo com o economista, o mundo está mais otimista em relação ao fim da pandemia, já que a letalidade da variante é menor. “Considerando o aumento de juros, há um efeito positivo que é a normalização da atividade econômica, que pode levar a uma maior estabilidade nos preços do petróleo”.


O preço do barril variou 13,36% entre 27 de dezembro e ontem, quando estava cotado em US$ 83,11.


Braz diz que há outra variante, o câmbio, que pode ser influenciada pelas eleições. “Se desvalorizar muito a moeda, isso tende também a contribuir para aumentos da gasolina no Brasil. É uma variável importante que não vai sair do radar nesse ano”.


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