FGTS deve distribuir lucro do fundo no segundo semestre

Caixa divulgará resultados financeiros até 31 de agosto, quando poderá ser definida a parte destinada a cotistas

Por: Estadão Conteúdo  -  24/06/22  -  11:11
FGTS rende 3% ao ano mais TR, mas em 2020, com a distribuição do lucro, rentabilidade chegou a 4,92%
FGTS rende 3% ao ano mais TR, mas em 2020, com a distribuição do lucro, rentabilidade chegou a 4,92%   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Titulares de contas ativas ou inativas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terão acesso em agosto à distribuição de lucro obtida em 2021. A Caixa ainda não divulgou a data oficial do resultado e a previsão é de que as informações sejam lançadas até 31 de agosto.


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Terão direito à distribuição os trabalhadores que tinham saldo positivo até 31 de dezembro último.


O FGTS tem retorno de 3% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). Sua aplicação é motivo de discussões em relação a investimentos, muitas vezes pelo fato do rendimento ficar abaixo da inflação – com raras exceções.


Em 2021, o lucro do FGTS referente ao ano de 2020 aprovado para distribuição foi de R$ 436,2 bilhões. O valor foi dividido entre as mais de 191 milhões de contas ativas e inativas do FGTS, de forma que a cada R$ 100 na conta do trabalhador, era creditado R$ 1,86. Segundo a Caixa, a rentabilidade anual do FGTS foi de 4,92%, maior que o rendimento da poupança, de 2,11%.


“O dinheiro é aplicado, há um comitê gestor que o investe em projetos do próprio Governo. É daí que vem o lucro”, afirma Fábio Gallo, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV).


Apesar de fazer a gestão dos valores do fundo de garantia, a Caixa não influencia em seu rendimento ou aplicação. “O Governo permitiu que a instituição tenha a gerência do comitê gestor e que recebesse como outro fundo qualquer”, afirma Gallo.


Condições do saque
Os cotistas podem retirar o dinheiro em casos especiais, como o recente programa de saque extraordinário de R$ 1 mil ou por motivos específicos, que incluem demissão sem justa causa, término de contrato por prazo determinado, falência, doença grave e aposentadoria.


De acordo com Gallo, o FGTS não tem desempenho superior a outras formas de investimento, mas vale a pena fazer a retirada quando possível para o pagamento de dívidas.


Além disso, caso o titular tenha sua reserva financeira inteira no fundo, não é recomendável colocar em renda variável ou qualquer outra do tipo. “Tirando 2019 e 2020, até a caderneta ganhou do FGTS, pois ela paga 6,17% ao ano mais a TR”, diz Gallo.


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