Ter uma boa noite de sono é essencial para a qualidade de vida. No entanto, muitas pessoas sofrem de insônia e de outros distúrbios que as impedem de descansar. Por esse motivo, medicamentos são um caminho adotado para resolver esses problemas, mas exige cautela e orientação de profissionais de saúde.
Também há a preocupação de que esse tipo de mensagem equivocada possa incentivar a automedicação, pois, em outubro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a comercialização desse produto como suplemento alimentar em drogarias.
Conforme o pneumologista do Centro de Medicina do Sono do Hospital do Coração (HCor), Pedro Genta, a melatonina já é utilizada no Brasil há tempos e vendida em farmácias de manipulação. Alguns a traziam do exterior. O especialista alerta que esse hormônio não pode ser utilizado de forma indiscriminada.
“Essa substância não é indicada, em geral, para o tratamento de pessoas que têm dificuldade de dormir, mas ela pode ser utilizada para patologias bem específicas do sono que são incomuns”, disse.
Na avaliação da professora do programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e do curso de Farmácia da Universidade Católica de Santos (UniSantos), Elaine Cristina Marqueze, o mais correto seria chamar a melatonina de “hormônio da noite”, porque é quando sua secreção ocorre. O problema é que, no mundo moderno, as pessoas estão muito expostas à luz nesse período.
“Muitas pessoas usam esse hormônio, que tem um efeito hipnótico, mas fazem isso com a presença da luz artificial, principalmente de espectro azul, que é a que mais inibe a produção da melatonina. Ou seja, não traz efeito nenhum ao organismo”, destacou.
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