Guia pós-sol: 8 dicas com tudo o que você precisa saber para combater os danos à pele

ATribuna.com.br explica como lidar com ressecamento, descamação, queimaduras, manchas e outros sinais que surgem na pele após a exposição solar

Por: Nathália de Alcantara  -  13/02/21  -  11:06

O verão é a estação em que mais ficamos expostos ao sol. Ainda que você não vá à praia ou tome um banho de sol, os maiores índices de radiação solar durante essa época do ano fazem com que os danos causados à pele sejam mais intensos. Por isso, ATribuna.com.br preparou um guia com tudo o que você precisa saber para evitar os danos causados pelo sol.


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“Além dos sintomas imediatos, que incluem eritema, sensibilidade ao toque, bolhas e, nos casos mais graves, descamação, dor de cabeça, febre, calafrios e fadiga, os efeitos da radiação solar na pele são cumulativos. Ou seja, com o tempo podemos começar a notar envelhecimento precoce, surgimento ou agravamento de manchas e maior suscetibilidade ao desenvolvimento de câncer de pele”, explica o dermatologista Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


“E os malefícios à pele, como ressecamento, desidratação e envelhecimento, podem ocorrer mesmo que a exposição solar não seja prolongada ou desprotegida. Logo, após a exposição solar, é necessário adotar medidas para evitar qualquer complicação”, destaca a consultora executiva em Estética e Inovação Cosmética, Isabel Piatti, também conselheira do Comitê Técnico de Inovação da Buona Vita.


A boa notícia é que é possível recuperar os danos a curto e longo prazos causados pelo sol.


“Algumas fórmulas de hidratantes pós-sol possuem consistências espessas e oleosas que criam uma barreira emoliente no topo da pele, aprisionando o calor na camada superior da epiderme e exacerbando a inflamação e a sensação de queimadura. Além disso, algumas fragrâncias e produtos químicos presentes nesses produtos podem irritar a pele danificada. Então, é preciso ter cautela ao utilizar hidratantes que se intitulam pós-sol”, alerta a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Paola Pomerantzeff.


Hidratação
Mas, no geral, a hidratação é sim fundamental, sendo uma das etapas mais importantes para recuperar os danos causados pelo sol, pois, ao diminuir a perda d’água transepidermal, o hidratante garante um aspecto mais saudável à pele, deixando-a macia e evitando que descasque. “Procure produtos formulados com ativos que reestabeleçam as defesas naturais e que possuam ação calmante e um sistema antioxidante avançado. Um dos ingredientes clássicos para recuperação da pele é a Vitamina E, que tem ação antioxidante, imunoprotetora e hidratante, além de possuir efeito calmante e suavizante”, diz a médica.


Esfoliação
Caso sua pele não esteja excessivamente sensibilizada devido ao sol, é importante realizar uma esfoliação da pele antes da hidratação para recuperar o brilho e o viço perdidos devido à exposição à radiação UV.
“A esfoliação é capaz de promover, de maneira controlada, uma renovação da pele, acelerando esse processo natural do organismo, sendo assim um excelente recurso para remover as células mortas e impurezas, além de melhorar a permeação de ativos dos hidratantes que serão aplicados em seguida, o que potencializa sua ação e o processo de recuperação da pele”, aconselha Isabel Piatti.


Proteção
Mesmo após a exposição solar mais intensa, a fotoproteção segue indispensável para que a pele tenha chance de se recuperar e os danos já estabelecidos não se agravem.
“O fotoprotetor preserva as estruturas da pele por meio da proteção contra os danos a curto e longo prazos da radiação ultravioleta. O ideal é que o produto contenha, no mínimo, FPS 30, proteção de amplo espectro (UVA/UVB/Infrared) e resistência à água, devendo ser reaplicado a cada duas horas”, explica o dermatologista da Clínica GRU Saúde, Daniel Cassiano, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


Alimentação balanceada
Uma alimentação balanceada também é fundamental para que o organismo funcione adequadamente e a pele consiga se recuperar com maior rapidez. Segundo a médica nutróloga Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), o ideal é apostar principalmente em alimentos que aumentem a proteção sol, como as frutas vermelhas, que possuem antioxidantes e vitamina C, substâncias capazes de combater os danos do sol.
“As uvas pretas também são uma excelente opção, já que, além de possuírem propriedades antioxidantes, também contam como Vitamina E, que mantém a pele hidratada, Vitamina C, que auxilia na revitalização das células da pele, e Resveratrol, um polifenol que tem ação anti-inflamatória, protetora do DNA celular e antioxidante”, recomenda.


Beba muita água
Não se esqueça de ingerir bastante líquido.


Queimaduras graves
Só que, quando as queimaduras são graves, como em casos de insolação, o mais importante é visitar um médico imediatamente.
“Os principais sintomas da insolação são temperatura corporal excessivamente elevada, pele vermelha, taquicardia, cefaleia, dispneia (falta de ar), vertigem, náuseas, vômito, desidratação, confusão mental, desmaios e até perda de consciência”, afirma Daniel.
“No geral, o tratamento consiste no uso de compressas frias e analgésicos comuns, além da hidratação da pele com ativos calmantes. Mas, nos casos graves, o médico poderá recomendar também a utilização de corticoides tópicos e, quando há infecção e aparecimento de pus, antibióticos”, completa o médico.


Manchas e rugas
Já aqueles que já apresentam os danos cumulativos causados pela radiação solar, como manchas e rugas, podem apostar nos procedimentos estéticos para tratá-los. Para combater as manchas, por exemplo, pode-se optar por laser. Já para o tratamento das rugas, de acordo com a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps, é possível optar pela aplicação de preenchedores injetáveis, como o ácido hialurônico, que, além de preencher as rugas, é capaz de melhorar a qualidade da pele como um todo.
“Outra alternativa de tratamento são os skinboosters, injeções também à base de ácido hialurônico que promovem hidratação profunda da pele, tornando-a sedosa e com menos linhas finas”, completa a médica.


Pintas
Caso você note o surgimento de pintas, outro dano cumulativo comum da exposição desprotegida à radiação solar, o mais importante é visitar um dermatologista.
“A consulta ao médico é indispensável ao notar lesões excessivamente grandes, irregulares no formato e que possuem vários tons, pois apenas o profissional especializado será capaz de realizar a avaliação e a dermatoscopia da lesão para realmente confirmar que se trata de um câncer, dando, em caso positivo, início ao tratamento”, explica Paola Pomerantzeff.


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