Polêmico, horário de verão começa à meia noite deste sábado

Em dez estados e no Distrito Federal, relógios deverão ser adiantados em uma hora

Por: Da Redação  -  03/11/18  -  12:11
  Foto: Vanessa Rodrigues/A Tribuna

Passadas as eleições, o horário de verão começa neste sábado (3). Dez estados e o Distrito Federal devem, à zero hora, adiantar os relógios em uma hora. Adorado por uns e detestado por outros, a medida gera cada vez menos economia e o Governo Federal pensa em aboli-la.


Neste ano, o horário de verão começa no primeiro domingo de novembro e não no terceiro fim de semana de outubro.


A mudança foi um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar que o horário mudasse entre o primeiro e o segundo turno das eleições, mantendo o critério único de aplicação da política.


Embora divida opiniões, a medida já não é vista pelo governo como grande geradora de econoia de luz. No ano passado, o Governo Federal anunciou que pensava em acabar com medida, porque o consumo passou a ter mais relação com a temperatura do que com o horário.


Prova disso são os números da CPFL, concessionária de energia que abastece 27 municípios do Estado, entre eles, cinco da Baixada Santista (Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente).


Há dois anos, a empresa previa uma economia de 0,5% no período. Desta vez, o número caiu para 0,18%. Na prática, isso significa deixar de gastar 7,7 mil MWh nessas cidades, quantidade suficiente para abastecer a população de Praia Grande por cinco dias ou a de Santos por 48 horas.


"Ao se deslocar o horário oficial em uma hora, dilui-se por um período maior o momento que esses equipamentos começam a funcionar. Dessa forma, o ganho do horário de verão, além da economia, está em afastar os riscos de sobrecarga no momento que o sistema elétrico atinge o seu pico de consumo", explica Thiago Guth, diretor de Operações da CPFL.


O horário de verão seguirá até 16 de fevereiro de 2019.


Outros países


Embora o horário de verão ainda seja adotado em inúmeros países, o presidente da União Europeia, Jean-Claude Juncker, disse, em agosto deste ano, que o bloco deve encerrar a prática. O motivo é a insatisfação da população.


Uma pesquisa, realizada entre julho e agosto, mostrou que 84% das pessoas disseram preferir permanecer com o horário de verão durante o ano inteiro. O assunto ainda será debatido e depende da aprovação do parlamento europeu. O processo pode demorar dois anos.


A proposta dele é que, cada um dos 28 países membros da União Europeia, opte por manter o horário de verão ou o de inverno durante todo o ano.


Existem várias teorias para a origem do horário de verão. A mais aceita é que o americano Benjamin Franklin, em 1784, reparou que, em determinados meses do ano, o sol nascia antes de as pessoas se levantarem para trabalhar. Ele pensou, então, que se elas acordassem mais cedo, poderiam aproveitar melhor o dia e economizar velas ao entardecer. As autoridades da época não deram muita bola para isso.


Na Europa, a primeira experiência foi durante a Primeira Guerra Mundial, quando Alemanha, França, Reino Unido e Áustria-Hungria, entre outros, passaram a adotá-lo com o objetivo de reduzir o uso da energia. Muitos países abandonaram sua adoção após o término da guerra, sendo retomada durante a Segunda Guerra Mundial e perdendo força, novamente, com seu fim.


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