Moïse era tranquilo e não arrumava confusão, diz frequentador de quiosque

A Justiça manteve a prisão temporária dos três acusados pelo crime

Por: Estadão Conteúdo  -  04/02/22  -  12:04
Moïse era tranquilo e não arrumava confusão, diz frequentador de quiosque
Moïse era tranquilo e não arrumava confusão, diz frequentador de quiosque   Foto: Reprodução/Facebook

O cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro Alauir de Mattos Faria, que atua no 41º Batalhão (Irajá), prestou depoimento nesta quinta-feira, 3, à Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro na investigação sobre o espancamento até a morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, ocorrido no dia 24 de janeiro.


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Faria era apontado como dono do quiosque Biruta, que funciona no mesmo imóvel do quiosque Tropicália, onde ocorreu o crime. Segundo seu advogado, Lennon Correia, Faria tinha perdido o contato com o congolês, mas enquanto conviveu com ele considerava-o um rapaz tranquilo e que não arranjava confusão.


"Ele (Faria) recentemente não estava frequentando muito o quiosque, por isso não estava tendo contato com o Moïse. Ele não sabe dizer como era o comportamento recente do Moïse. O que relatou é que até dois anos atrás, quando ele tinha um pouco mais de contato com o Moïse, Moïse era um rapaz muito tranquilo e nunca tinha arranjado confusão com ninguém", afirmou Correia.


O advogado de Faria afirmou também que seu cliente não é dono, mas amigo do dono do quiosque. "O quiosque parece que é de um senhor chamado Celso, que é amigo do senhor Alauir, e a gerente é a senhora Viviane, que é irmã do senhor Alauir. O senhor Alauir de vez em quanto ia para o quiosque para ajudar a irmã dele nos trabalhos do quiosque. Por isso ele é conhecido na região, mas não é o dono", afirmou.


Em audiência de custódia promovida nesta quinta-feira, a Justiça manteve a prisão temporária dos três acusados pelo crime - Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, conhecido como Dezenove, de 28 anos, Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, de 21 anos, e Fabio Pirineus da Silva, o Belo, de 41 anos.


O crime


A Polícia Civil do Rio investiga a morte brutal por espancamento do congolês Moïse. Ele morava no Brasil desde 2014, trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Segundo parentes, o africano morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho, no dia 24.


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