Governo de SP demonstra confiança em aprovação da CoronaVac para uso em crianças
Estado possui 15 milhões de doses para aplicação infantil. Pedido de uso emergencial é analisado pela Anvisa
Atualizado em 19/01/22 - 22:23
O Governo de São Paulo demonstra confiança na aprovação da CoronaVac para uso emergencial em crianças de 5 a 11 anos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá uma reunião extraordinária nesta quinta (20), para analisar o assunto.
Atualmente, o Estado de São Paulo dispõe de 15 milhões de doses do imunizante fabricado pelo Instituto Butantan para vacinar as crianças. O início da imunização no Estado, que ocorreu na sexta-feira (14), se deu com a vacina pediátrica da Pfizer, única autorizada pela Anvisa até o momento.
"O Instituto Butantan tem 15 milhões de doses da CoronaVac prontas e disponíveis para a imunização de crianças de 5 a 11 anos. Isso nos permitirá, aqui em São Paulo, vacinar rapidamente, com a primeira dose, toda a quantidade de crianças em até 3 semanas", disse o governador João Doria (PSDB), nesta quarta-feira (19), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Na sexta (14), o Estado recebeu 234 mil doses pediátricas da Pfizer e deu início à vacinação infantil. No primeiro momento, há prioridade para crianças com comorbidades, deficiências, quilombolas e indígenas.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, garantiu que a CoronaVac é segura para crianças e se disse otimista quanto à autorização de uso emergencial por parte da Anvisa.
"Temos uma confiança muito grande que isso vai acontecer (aprovação). Estamos prontos e otimistas. Podemos ajudar o Estado de São Paulo e também outros estados. Até esse momento, não temos nenhum acordo para fornecimento ao Ministério da Saúde, mas estamos abertos a essa possibilidade", disse Covas.
CoronaVac para crianças
Na segunda (17), a Anvisa se reuniu de forma on-line para analisar a liberação da CoronaVac visando o uso em crianças. O encontro reuniu especialistas da agência e do Instituto Butantan.
O instituto paulista pediu que a vacina seja autorizada de forma emergencial para uso em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. A Anvisa apresentou parte da análise, realizada a partir de dados protocolados pelo Butantan. Durante a reunião, também foram discutidas novas fases da avaliação.
A decisão será tomada pela diretoria colegiada da Anvisa, com base em subsídios apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) e pela Gerência de Farmacovigilância (GFARM). Isso acontece por se tratar de um pedido para uso emergencial.
