Estudos afirmam que sintomas neurológicos e psiquiátricos da covid-19 são 'regra e não exceção'

De acordo com análise de mais de 200 estudos em 30 países, sintomas são comuns em casos graves e leves

Por: ATribuna.com.br  -  19/06/21  -  16:15
  Sintomas neurológicos e psiquiátricos são frequentes na covid-19, afirma estudo
Sintomas neurológicos e psiquiátricos são frequentes na covid-19, afirma estudo   Foto: Divulgação/Unsplash

Segundo uma análise de 215 estudos sobre covid-19 feitos em 30 países, incluindo um total de 105.638 pessoas, os sintomas psicológicos e neurológicos da covid-19 podem ser considerados comuns tanto nos casos graves como nos mais leves.


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Em entrevista à BBC News Mundo, Jonathan Rogers - pesquisador da University College London (Reino Unido) e autor da pesquisa - revelou a informação que surpreendeu os pesquisadores. "Esperávamos que esses sintomas aparecessem nos casos mais graves, mas não foi o que encontramos. Até vimos o oposto no caso de alguns desses sintomas".


Os sintomas mais comuns foram perda do olfato (43%), fraqueza (40%), fadiga (38%), perda do paladar (37%), dor muscular (25%), depressão (23%), dor de cabeça (21%) e ansiedade (16%). "Parece que afetar a saúde mental e o cérebro é uma regra da covid-19, e não uma exceção", explica Jonathan.


Em alguns casos, esses sintomas podem aparecer primeiro ou até mesmo serem a única manifestação da doença. "Pesquisas sobre delírio, principalmente com idosos, mostram que este pode ser o primeiro sintoma da covid-19, antes mesmo do aparecimento dos sintomas respiratórios", diz o pesquisador.


Embora alguns dos sintomas também apareçam associados a outras infecções respiratórias, outros, como ansiedade ou depressão, são mais comuns na covid-19 do que, por exemplo, na gripe. De acordo com o estudo, outras doenças neurológicas mais graves, embora sejam mais raras, também afetam pacientes que tiveram covid. Entre elas, estão o acidente vascular cerebral isquêmico (1,9%), o acidente vascular cerebral hemorrágico (0,4%) e convulsões (0,06%).


*Com informações do UOL e BBC


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