Bolsonaro: 'Temos que atender os mais pobres, Paulo Guedes tem coração'

Bolsonaro declarou que não pensa em política neste momento

Por: Estadão Conteúdo  -  27/10/21  -  12:21
 Chefe do Executivo deu entrevista à Jovem Pan News.
Chefe do Executivo deu entrevista à Jovem Pan News.   Foto: Agência Brasil

Após grande estresse no mercado financeiro com o acordo do governo para mudar o teto de gastos e financiar o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil em 2022, ano eleitoral, o presidente da República, Jair Bolsonaro, citou nesta quarta-feira, 27, que recebe sugestões para elevar o valor do programa. "Muita gente diz para eu passar para 600 que estou garantido na reeleição", disse o chefe do Executivo em entrevista à Jovem Pan News.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


No entanto, Bolsonaro declarou que não pensa em política neste momento e sabe dos impactos econômicos de subir ainda mais o piso do Auxílio Brasil. "Imagina se eu falo em 600 do Bolsa Família, o que acontece com a bolsa e com o dólar?", questionou. "Bagunça na economia não interessa para ninguém", acrescentou.


Bolsonaro voltou a defender o lançamento do Auxílio Brasil neste momento de crise. "Temos que atender os mais pobres, Paulo Guedes tem coração", disse.


Contudo, como mostraram o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e o jornal O Estado de S. Paulo, o governo ignorou sugestões de financiamento do programa para alterar o teto de gastos, considerado a âncora fiscal do País.


Apesar de o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já ter admitido a mudança na regra, Bolsonaro voltou a dizer nesta quarta que não vai haver furo do teto. "Mas também não podemos deixar de olhar para o povo mais pobre", declarou.


Julgamento do TSE


O chefe do Executivo ainda criticou o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de duas ações contra a chapa presidencial eleita em 2018 por compartilhamento de fake news. "Tem coisa que não tem que nem julgar, tem que arquivar", avaliou o Bolsonaro.


Na terça, três ministros da Corte votaram contra a cassação. Restam agora quatro votos para encerrar o julgamento, que deve ser retomado na quinta-feira.


Tudo sobre:
Logo A Tribuna
Newsletter