Todo o entusiasmo da torcida e do presidente do Santos, José Carlos Peres, não ilude o técnico Jorge Sampaoli em relação à pressão por resultados imediatos. O argentino sabe que os dirigentes do futebol brasileiro demitem treinadores com muita facilidade. Por isso, ele tem uma certeza: "só me resta ganhar".
"(Demissões de treinadores) É um problema geral, não só no Brasil. O que me resta é ganhar para me manter no cargo. Os anos de contrato muitas vezes são necessários, mas poucas vezes se pode cumprir. Técnico é visto como responsável total pelas crises", disse Sampaoli.
"Então, tenho que tratar de fazer os jogadores assimilarem as minhas ideias futebolísticas para ganhar o mais rápido possível. Se demorar, vai faltar a crença sobre a minha ideia e tudo vai piorar. O que me resta é ganhar", acrescentou o treinador durante a entrevista de apresentação, nesta terça-feira (18), em São Paulo.
O tempo para a implantação da sua filosofia no Santos, com o calendário que o futebol brasileiro tem, também não chega a ser uma preocupação para o argentino.
"Na Espanha, jogávamos normalmente quarta e domingo também. Então, tenho que conscientizar os jogadores para se divertirem em campo. Quanto mais jogarem, melhor a equipe vai render. Não é o contrário. É a oportunidade de se impor uma ideia", completou o ex-técnico da seleção argentina.