Com Santos fora da Vila, conselheiros pedem isenção de pagamento de cativas e camarotes

Um requerimento foi entregue ao presidente do Conselho Deliberativo solicitando a medida

Por: Bruno Lima  -  17/01/19  -  10:57
  Foto: Divulgação/Santos FC

O pedido da diretoria do Santos à Federação Paulista de Futebol para mandar jogos, nos próximos 60 dias, no Pacaembu, em São Paulo, por conta de obras na Vila Belmiro, desagradou um grupo de conselheiros. Por meio de requerimento com várias assinaturas, eles pedem isenção de pagamentos aos proprietários de cadeiras cativas e camarotes durante o período em que a equipe estiver longe dos seus domínios.


O documento foi entregue ao presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Marcelo Teixeira, na última segunda-feira (14), e solicita que o assunto seja colocado em votação na próxima reunião do órgão, em 29 de janeiro.


O pedido de alteração das partidas por parte da diretoria alvinegra, segundo comunicado publicado no site oficial do clube no último dia 10, é "pela necessidade da realização de manutenções de maior porte em determinados setores da Vila Belmiro, como a cobertura dos camarotes e revestimento da marquise, bem como algumas melhorias no entorno do gramado, especialmente atrás do gol da arquibancada do placar".


Dentre as queixas apresentadas pelos conselheiros está o período escolhido pelo presidente do Santos, José Carlos Peres, para a realização dessas obras. O grupo entende que intervenções do gênero já foram realizadas em diferentes mandatos, mas iniciadas sempre no mês de dezembro, logo após o fim da temporada, justamente para não prejudicar o time no ano seguinte.


Os conselheiros acrescentam que nenhum episódio de força maior que pudesse ter causado dano estrutural na Vila Belmiro foi registrado nas últimas semanas. Assim, não haveria motivação alguma para o início de grandes obras a uma semana da estreia do Santos no Campeonato Paulista.


O grupo de assinantes vai além: "com um mínimo de organização e planejamento, havia tempo suficiente para a realização das obras sem necessidade de interdição da principal praça de esportes do Santos Futebol Clube", diz o documento.


Por que 60 dias?


A justificativa do Santos para os dois meses longe da Vila Belmiro é de que durante dezembro e janeiro foram realizadas reformas no gramado e troca de todas as lâmpadas e manutenção do sistema de iluminação do estádio.


Com isso, a manutenção no revestimento da marquise e na cobertura dos camarotes do 4º andar, além das melhorias no espaço que fica atrás do gol do placar, para oferecer conforto aos atletas, terão que ser executadas nesse intervalo de 60 dias.


Nesse mesmo período, a escada de acesso ao vestiário da equipe santista será restaurada, e divisórias de vidro, no mesmo padrão dos demais setores do estádio, irão substituir o alambrado. Isso, no entendimento dos responsáveis pelas melhorias, disponibilizará novos espaços para o aquecimento dos jogadores no banco de reservas.


Diante da solicitação dos conselheiros, o presidente do Conselho Deliberativo tem até a próxima semana para informar se o requerimento será transformado em pauta para a próxima reunião e, consequentemente, colocado em votação.


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