Portuguesa Santista empata e conquista o inédito título da Copa Paulista

Briosa consegue empate heroico nos acréscimos e pode disputar a Copa do Brasil ou a Série D nacional

Por: Régis Querino  -  14/10/23  -  17:19
Atualizado em 14/10/23 - 17:32
Franco marcou mais um e foi artilheiro da Copa Paulista, com 8 gols
Franco marcou mais um e foi artilheiro da Copa Paulista, com 8 gols   Foto: Douglas Teixeira/Agência Briosa

Sete anos depois, a torcida da Portuguesa Santista solta de novo o grito de “é campeão”. Em jogo emocionante na tarde deste sábado (14), no Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos, a Briosa empatou em 2 a 2 com o São José, no final da partida, e conquistou o inédito título da Copa Paulista. A última conquista da equipe santista havia sido em 2016, com o título do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a quarta divisão estadual.


O título renderá ao clube o prêmio de R$ 250 mil da Federação Paulista de Futebol e o direito da Portuguesa escolher se quer disputar a Copa do Brasil ou a Série D do Campeonato Brasileiro em 2024. Franco, com um dos gols da Briosa no jogo, também terminou a competição como artilheiro da competição.


O duelo


O jogo não poderia ter começado melhor para a Portuguesa, que abriu o placar logo no primeiro minuto de jogo. Após chegada da Briosa ao ataque, o zagueiro Matheus Abreu tentou afastar com um bicão e furou de forma bisonha.


Franco veio na corrida e bateu forte da entrada da para marcar um golaço, no ângulo direito de Luis Augusto. Com o tento, ele se isolou na artilharia da Copa Paulista, com 8 gols, superando Chrigor, da Portuguesa de Desportos, com 7.


O São José não se abateu e foi em busca do empate. Aos 5, Rafael Tanque arriscou de fora da área, mas mandou a bola para fora. Aos 11, Pedro Favela cruzou rasteiro e Michel foi preciso ao fazer o corte, evitando o chute de Matheus Serafim, salvando a Briosa.


Aos 12, Heitor Roca levantou a bola para a áea, Rodrigo Andrade dominou e bateu no canto, mas Wagner Coradin, com grande defesa, evitou o empate, mandando a bola a escanteio.


A Portuguesa tentava controlar o jogo e a vantagem, mas abusava das faltas. Com menos de 20 minutos, Flávio Boaventura e Ítalo levaram cartões amarelos.


Aos 27, Rafael Tanque pegou sobra de bola dentro da área e empatou para o São José, mas o gol foi anulado após o lance ser revisado pelo VAR, que acusou impedimento do atacante da Águia do Vale.


A insistência do São José foi premiada no final do primeiro tempo. Aos 39, Matheus Serafim foi derrubado por Michel na grande área e, três minutos depois, Rafael Tanque bateu o pênalti para empatar o jogo.


Pior do que levar o empate ainda na etapa inicial foi a expulsão de Flávio Boaventura, aos 44 minutos. Em disputa de bola aérea, no meio do campo, o zagueiro acertou o cotovelo no pescoço de Rafael Tanque e levou o segundo amarelo e foi expulso.


Com um a menos, o técnico Sérgio Guedes sacou o atacante Lucas Paraíba para repor a zaga com Guilherme.


Etapa final


Em busca da virada, o técnico do São José, Ricardo Costa, campeão do Campeonato Paulista da Segunda Divisão com a Briosa, em 2016, sacou Pedro Favela para a entrada de João Gabriel, dando mais poder ofensivo à Águia do Vale.


O time do Vale do Paraíba foi à frente e tentou sufocar a Briosa. Aos 5, Rodrigo Andrade bateu falta e forçou o goleiro Wagner Coradin a fazer grande defesa. Aos 11, porém, Matheus Serafim ganhou de Michel pela esquerda e bateu rasteiro. Livre de marcação, Rafael Tanque completou para o gol, virando para o São José.


Mesmo com um a menos e atrás no placar, a Portuguesa foi à frente e criou chances para empatar. Aos 25, Léo Pereira tirou de cabeça em cima da linha, impedindo o empate das Portuguesa.


Aos 28, Gustavo Nicola, que havia levado cartão amarelo no começo do segundo tempo, fez falta dura em Léo Santos, levou outro amarelo e foi expulso, deixando as duas equipes com 10 em campo. Com igualdade em número de atletas, o jogo ficou equilibrado e Sérgio Guedes trocou Ítalo por Diego Gomes.


O jogo ficou movimentado nos minutos finais e o São José quase fez o terceiro, não fosse a intervenção precisa de Wagner Coradin, que saiu nos pés de Caio César e impediu a conclusão do zagueiro, após assistência de peito de Rafael Tanque, aos 40 minutos.


Aos 45 foi a vez da Briosa quase empatar. Anderson Magrão pegou rebote de fora da área e bateu rasteiro, mas a bola saiu rente à trave esquerda, pegando na rede, pelo lado de fora.


Quando a decisão se encaminhava para os pênaltis, o goleiro Luis Augusto, do São José, falhou ao tentar segurar a bola cruzada em cobrança de falta para a área, aos 47. No rebote, Caio César tentou afastar com um chutão e a bola bateu em Jean Henrique e entrou, empatando o jogo.


Explosão dos jogadores e da torcida lusitana que compareceu em bom número no Vale do Paraíba. Foi só segurar os minutos de acréscimo para comemorar a inédita conquista.


São José - Luis Augusto; Léo Pereira, Matheus Abreu, Caio César e Heitor; Gustavo, Pedro Favela (João Gabriel) e Rodrigo Andrade (Dener); Matheus Serafim, Nicholas (Jeferson) e Rafael Tanque. Técnico: Ricardo Costa.


Portuguesa Santista - Wagner Coradin; Michel, Glauco, Flávio Boaventura e Kaio Cristian; Jean Henrique, Franco e Léo Santos; Ítalo, Anderson Magrão e Lucas Paraíba (Guilherme). Técnico: Sérgio Guedes.


Gols: Franco, a 1 minuto, e Rafael Tanque, aos 42 minutos do primeiro tempo; Rafael Tanque, aos 11, e Jean Henrique, aos 47 minutos do segundo tempo.


Cartões amarelos: Flávio Boaventura, Ítalo, Anderson Magrão, Rodrigo Andrade, Léo Pereira, Gustavo Nicola


Cartões vermelhos: Flávio Boaventura e Gustavo Nicola


Público: 11.676


Árbitro: Guilherme Santana.


Local: Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos.


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