Após anos de luta contra uma doença muscular degenerativa que lhe causava dores extremas, a medalhista paralímpica Marieke Vervoort decidiu pela sua própria morte, por meio da eutanásia, nesta terça-feira (22), aos 40 anos. O acordo para que um médico aplicasse uma injeção letal na paratleta estava assinado pela própria desde 2008.
No país de origem de Vervoort, a Bélgica, o ato é legalizado há 17 anos. Os belgas foram os segundos no mundo, depois da Holanda, a legitimar a prática voltada a pacientes que não têm mais expectativa de vida ou cujo sofrimento é insuportável. Hoje em dia, não há limites de idade para que uma pessoa opte pela eutanásia no país.
Mesmo convivendo com dores musculares, a paratleta foi campeã nos Jogos Paralímpicos de 2012, em Londres, e faturou uma prata e um bronze no Rio de Janeiro, em 2016, no atletismo.
Nos últimos dias, Vervoort abasteceu suas redes sociais com fotos ao lado de amigos e familiares e mensagens em tom de despedida. Na maioria das imagens, ela aparece com um sorriso no rosto ou fazendo careta.