Há sete anos na Europa, Moraes celebra boa fase e avisa: "Meu futebol é brasileiro"

Camisa 10 do Shakhtar Donetsk, artilheiro do Campeonato Ucraniano, com 14 gols, e maior goleador do clube na temporada, com 18, o atacante Júnior Moraes não nega que vive seu melhor momento na carreira. Em conversa com A Tribuna On-Line, o santista comemorou a boa fase na Europa.

"Se for contar os gols da Champions, do Ucraniano e da Copa somam 18 gols e 8 assistências. Mostra que eu tenho sido efetivo em quase todos os jogos, isso me deixa muito feliz de saber que tenho ajudado meu time diretamente com gols ou passes decisivos para meus companheiros", celebrou.

Apesar da vivência de quase uma década na Europa, principalmente na Ucrânia, onde atuou por Metallurg Donetsk, Dínamo de Kiev e, agora, Shakhtar, Moraes contou que adotou algumas características do país no seu cotidiano, mas garantiu que, com a bola no pé, ainda é "brazuca".

"Meu futebol é brasileiro isso não tenho dúvidas. Mas é claro que algumas características dos ucranianos fazem parte não só do meu futebol, mas também da minha vida. Afinal, já são vários anos jogando e morando aqui", disse.

Nome conhecido pela Ucrânia, o atacante foi ousado ao trocar do Dínamo pelo rival Shakhtar. Mesmo sabendo do fanatismo dos torcedores dos clubes, Moraes explicou que foi uma decisão complicada, mas disse que não teve grandes problemas com os fãs do time de Kiev... menos na web.

"Foi uma decisão muito difícil de tomar, mas que eu pensei bastante e, pelo projeto do Shakhar, eu tinha certeza que seria benéfico para minha carreira. A torcida respeitou, porque sempre me dediquei muito. Mas, na internet, sempre aparecem uns haters (críticos das redes sociais). Faz parte", afirmou.

Passagem pela China

A avalanche de dinheiro investida pelos chineses em jogadores brasileiros também chegou em Júnior Moraes. Contratado por empréstimo de quatro meses pelo Tianjin Quanjian, em 2017, o atacante explicou que, apesar do pouco tempo no país asiático, ele conseguiu aproveitar sua passagem para aprender sobre futebol e cultura.

"A China foi uma experiência curta, mas uma proposta irrecusável e trabalhar com Cannavaro foi muito interessante. Apesar do pouco tempo, acrescentou bastante em minha carreira, além da possibilidade de conhecer um novo país e sua cultura milenar", concluiu.