Neymar será julgado por fraude na Espanha e pode pegar até seis anos de prisão

Além do jogador, seu pai e dois ex-presidentes do Barcelona também estão envolvidos no caso

Por: Da AFP  -  31/10/18  -  18:04
  Foto: Getty Images

O juiz encarregado de julgar o atacante Neymar, na Espanha, pelas irregularidades de sua transferência do Santos ao Barcelona, acredita que o brasileiro poderá ser condenado a até seis anos de prisão, informaram nesta quarta-feira fontes judiciais próximas ao caso. Neymar, seus pais, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor Sandro Rosell serão julgados na Espanha por fraude.


O caso emana de uma denúncia do grupo brasileiro DIS, ex-dono de parte dos direitos federativos do jogador e que se considera prejudicado na transferência de Neymar do Santos para o Barcelona. Nesta quarta-feira, o juiz José María Vázquez Honrubia considerou que a acusação feita pelo DIS pelo delito de "fraude" pode acarretar "de quatro a seis anos de prisão" para Neymar, segundo um relatório do magistrado ao qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira.


Como o jogador pode receber sentença superior a cinco anos de prisão, a legislação espanhola obriga o julgamento a ter três juízes, o que poderia atrasar ainda mais o início do julgamento, que segue sem data para começar. O caso veio à tona depois que o DIS se considerou prejudicado pela venda de Neymar do Santos ao Barcelona.


Em um primeiro momento, o Barcelona divulgou que a contratação de Neymar teria custado 57,1 milhões de euros ao clube (40 milhões para a família de Neymar e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calcula que o verdadeiro valor da transferência seria de 83,3 milhões de euros.


O DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 pagos ao Santos, acusa o Barcelona e Neymar de ocultarem o valor real da negociação. O Ministério Público espanhol apresentou pedido de dois anos de prisão para Neymar, que, em depoimento à justiça espanhola, se defendeu das acusações, afirmando que apenas se concentrava em jogar futebol e que confiava cegamente nas decisões de seu pai, que também é seu empresário.


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