Festival Brasileiro de Remada reúne mais de 350 competidores em Santos

Encontro ocorreu neste domingo (19) e movimentou a Praia da Aparecida

Por: Bruno Lima  -  19/12/21  -  16:42
Evento contou com a participação de 350 praticantes de canoa polinésia, stand up paddle, canoagem oceânica, paddleboard e remada em prancha longboard
Evento contou com a participação de 350 praticantes de canoa polinésia, stand up paddle, canoagem oceânica, paddleboard e remada em prancha longboard   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A Praia da Aparecida, em Santos, recebeu neste domingo (19) a 4ª edição do Festival Brasileiro de Remada. O evento contou com a participação de 350 praticantes de canoa polinésia, stand up paddle, canoagem oceânica, paddleboard e remada em prancha longboard, além de dança havaiana, sorteios e ações ambientais.


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Organizador do festival, Rodrigo de Deus comemorou o sucesso do evento. "Tive essa ideia no Havaí, quando vi que no verão, diante de poucas ondas, eles praticam muito esporte de remada. O pontapé inicial foi em 2008. Depois, repetimos isso em 2009 e 2010 e, agora, retomamos. Estou muito satisfeito. Tudo bem organizado, Deus colaborando com o bom tempo e a minha equipe não medindo esforços para que tudo fosse perfeito".


Embaixador do festival, o paratleta Pauê Aagaard também vibrou com a celebração, principalmente pelo festival voltar a ser realizado depois de um ano e nove meses da pandemia do novo coronavírus.


"A ideia foi trazer uma atmosfera nova a Santos, principalmente por conta do que a gente viveu nos últimos tempos. Até por conta disso concluímos que não havia melhor momento para fazer essa festa e virar o ano com essa competição. As 350 inscrições se encerraram em duas semanas. Infelizmente, muita gente ficou de fora, mas no ano que vem vamos aumentar esse número. Todos nós estamos muito empolgados com o interesse dos competidores", disse Pauê.


Apesar de se tratar de um evento com o objetivo unir os praticantes das modalidades de remadas, Jéssica Moah aproveitou para beliscar o primeiro lugar da SUP racing feminino.


"Todo tipo de prova significa muito, porque treino para o circuito brasileiro. Estou voltando agora para as competições e vencer dá muita motivação para começar o ciclo de 2022 confiante. Na semana passada, fui para o Pantanal Extremo, uma prova em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, sob um sol escaldante e venci. Estou terminando 2021 com bons resultados", falou Jéssica.


Estreante em competições, Patrícia Alves disputou a categoria SUP 2KM e superou as dificuldades e o nervosismo para terminar a etapa com o primeiro lugar.


"Senti muita dificuldade com o vento contrário na corrida em direção ao mar. Já na água, a boia me empurrou e tive uma queda. Fui ultrapassada, mas quando estávamos perto da linha de chegada, a minha concorrente tropeçou e voltei à liderança. Não esperava ganhar, mas parte dessa vitória devo ao Surf Treino, que estou fazendo há um mês e melhorou a força muscular", explicou.


O girino Josino
Mesmo sem ter subido no pódio da SUP Racing, o destaque do festival foi o aposentado Josino Liporanio, de 76 anos, que saiu de Ribeiro Pires (SP) para participar do festival. Cheio de disposição, ele se considera um girino por não estar acostumado a remar no mar, mas completou os quatro quilômetros de prova e foi homenageado com um túnel humano formado pelos demais participantes com os remos erguidos na linha de chegada.


"Remar é vida! Estava há dois anos sem remar, mas quando a gente cai no mar, parece que o mundo muda. Muitos dizem que sou exemplo, mas exemplo são os garotos, porque aprendo muito com eles. Costumo brincar dizendo que sou girino, pois treino na represa. No mar, as ondas me castigam, mas com jeitinho a gente vai seguindo. No final, vivi algo inesquecível, entrando no meio de tanta gente me apoiando. Isso é o que me fazer sentir bem, me motiva. Desde o início da pandemia eu 'envelheci' uns 20 anos. Mas se Deus quiser em 2022 quero estar em todas as provas. Este dia ficará para sempre na minha memória", falou, bastante emocionado.


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