A paciente, de 64 anos, que está internada no hospital desde o dia 12 com um quadro grave de H1N1, recebe visitas diárias da família, que também acompanha os boletins médicos.
De acordo com a Reportagem da TV Tribuna, no domingo (23), a filha da paciente recebeu uma ligação de um golpista, que se passou por médico do hospital. Segundo a vítima, o homem se apresentou como o Dr. Pedro Soares e logo, em seguida, confirmou o nome da paciente internada. Ele, então, disse que não tinha boas notícias em relação ao quadro da paciente.
O falso médico contou que foi feito uma bateria de exames e que identificou uma infecção generalizada, localizada na corrente sanguínea, que poderia matá-la. “É um tipo de bactéria parasita; Precisamos contê-la imediatamente antes que essa bactéria chegue ao coração”.
O golpista explicou também que ligou para o Sistema Único de Saúde (SUS) e que esparava a liberação de três exames que poderiam salvar a paciente. Ele ainda alegou que o hospital não conseguiu realizar hemogramas biológicos, que só podem ser feitos em clínicas especializadas.
“Falei com a Dra. Deisiele agora, a respeito desses exames e o quadro da paciente. Ela disponibilizou a Clínica São Vida, que está fornecendo os exames agora, só que eles devem ser feitos no particular”.
Após a autorização da filha para a realizar os exames, o golpista então avisa que o custo seria de R$ 2,2 mil e que o pagamento poderia ser feito via PIX ou transferência bancária. Foi quando a vítima disse que não teria como fazer o depósito e que só teria cheque. O homem insiste para que o pagamento seja feito logo, pois a parte administrativa da clínica não trabalhava no domingo.
Após a tentativa do golpe, afamília da paciente procurou a Ouvidoria do hospital e descobriu que não havia cobranças para o exame..
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado informou que não há cobrança de dinheiro para nenhum exame ou transferência de pacientes. E alertou para que as pessoas fiquem atentas e recomendou que ao receber uma ligação deste tipo, o certo é comunicar a polícia e realizar um Boletim de Ocorrência.