Explosões em obras trincam casas e revoltam moradores no Vale do Ribeira; VÍDEO
Serviço para criar sistema de esgoto resultou em paredes trincadas e moradores insatisfeitos
Atualizado em 14/06/22 - 17:48
Moradores de Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira, reclamam de trincas nas paredes de suas casas após obras de esgoto da Sabesp. Segundo munícipes ouvidos por A Tribuna, o uso excessivo de dinamites para abrir o solo deteriorou algumas residências da Rua 2, no bairro Caracol. (Veja no vídeo mais abaixo)
“A gente mostrou as rachaduras para o responsável pela obra. Ele tirou fotos e mandou para os seus superiores. Ele deu um prazo [para resposta ou solução] para gente, só que esse período já 'estourou' e não falaram mais nada”, conta Jeferson Jacob, morador de uma das casas afetadas.
As obras visavam a criação de uma rede de esgoto para as residências da Rua 2. Para realizar o serviço, segundo os moradores, a empresa precisou explodir bloquetes [com dinamites] para abrir espaço para o sistema de saneamento básico no solo.
“O incômodo começou logo no primeiro dia, porque não tinha como subir o morro com os carros. Foi complicado subir com sacola, compras, etc. O morro é íngreme e não dá para ficar carregando coisas nas costas. Os carros tinham que ficar na beira da pista, com risco de alguém roubar”, relembra o motorista.
Durante as explosões, tremores amedrontavam os moradores da rua. Segundo eles, a obra deixou rachaduras em diversas casas do logradouro.
“A gente queria que fosse um especialista para ver se não danificou a estrutura da casa. De acordo com as fissuras que abriram, pode ter danificado a estrutura e com o tempo aparecer mais rachaduras”, explica Jacob.
Em nota, a Sabesp informou que realizou uma vistoria prévia nos imóveis e o seguro da obra será acionado para avaliação da perícia.
A Companhia informou, ainda, que as obras estão sendo feitas com o objetivo de ampliar o sistema de esgoto em Pedro de Toledo. Para a realização dos serviços, o desmonte de rochas foi necessário e utilizada a tecnologia de “expansão de gases com acionamento elétrico sem uso de explosivos” baseada pela Norma Técnica Sabesp 336. Ainda segundo o órgão, não foram utilizados artefatos explosivos como dinamites ou similares.
