Temporal deixa cidades da Baixada Santista debaixo d'água nesta segunda-feira

Vários pontos de alagamentos e quedas de árvore foram registradas em municípios da região

Por: Por ATribuna.com.br  -  10/02/20  -  10:44
Atualizado em 10/02/20 - 10:57
Água tomou conta da Avenida Senador Pinheiro Machado, em Santos
Água tomou conta da Avenida Senador Pinheiro Machado, em Santos   Foto: Barbara Bueno/AT

A forte chuva que atinge a região desde a madrugada desta segunda-feira (10) causa diversos transtornos nesta segunda-feira (10). Municípios registram diversos pontos de alagamentos e quedas de árvores.


Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Itanhaém foi a cidade que registrou o maior volume de chuva nas últimas 24 horas. O aparelho instalado no bairro Balneário Gaivota registrou 195mm. Outros locais que tiveram um grande volume de precipitação foram Peruíbe (Jardim Veneza), com 157mm, São Vicente (Cidade Náutica), 114mm, Praia Grande (Sítio do Campo), 105mm e Santos (José Menino), 102mm.


Em Santos, a Defesa Civil informou que choveu, nas últimas 72 horas, 90,4 mm. Devido ao volume de água, os morros estão em estado de atenção. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), a situação é complicada na entrada da cidade. 


Veículos pequenos possuem dificuldade para atravessar na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no sentido São Vicente/Santos, na altura da Rua Ana Santos. A Praça Washington, no José Menino, possui pontos de alagamentos. A água também deixa lento o trânsito em dois pontos da Avenida Washington Luiz, ambos na pista praia/centro. O primeiro, na quadra entre as ruas Goiás e Alexandre Herculano. E o segundo, próximo a Rua Dona Luísa Macuco.


Na Rua Antônio Bento de Amorim, no Marapé, uma árvore caiu e a via precisou ser interditada . Outra queda de árvore foi registrada na Praça da República. Os semáforos estão piscantes nos cruzamentos das avenidas Epitácio Pessoa com Almirante Cochrane, na Aparecida, entre as ruas Torquato Dias e Manoel Pereira, no Morro da Nova Cintra.


Outras cidades


Segundo a Prefeitura de Praia Grande, não foram registradas ocorrências relacionadas às chuvas entre a noite de sexta-feira (7) e a manhã de segunda-feira (10). O índice pluviométrico acumulado nas últimas 72 horas foi de 171 milímetros.


A Defesa Civil da Cidade encontra-se em estado de atenção, uma vez que o acumulado ainda está acima dos 80 milímetros, conforme determina o Plano de Prevenção de Defesa Civil (PPDC). Pontos de acúmulos de água estão sendo escoados pelo sistema de drenagem municipal. A sinalização viária não foi afetada e não houve desabrigados ou desalojados na Cidade.


O órgão informou ainda que equipes estão de prontidão 24 horas por dia acompanhando a incidência das chuvas e pede ainda que a população entre em contato, caso note algum problema neste sentido, através dos telefones 199 e 153.


O motorista também encontra dificuldades em São Vicente. ATribuna.com.br registrou pontos de alagamento na Avenida Capitão Luiz Hourneaux, no Jardim Guaçu. Outro ponto onde os veículos enfrentam problemas é na Rua José Gonçalves da Mota Júnior, na Vila Valença.  A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Vicente suspendeu as aulas porque as pessoas não conseguiram chegar ao local, na Vila Cascatinha. 


De acordo com a Prefeitura de São Vicente, o acumulado pluviométrico das últimas 72 horas é 90,4 mm. O total de chuvas do início de fevereiro até o momento é de 480 mm, superando o índice de 400 mm esperado para todo o mês. O nível vigente é de atenção. Não há registro de ocorrências, apenas muitos pontos de alagamentos ocasionados pela combinação de chuva forte e maré alta.


Forte chuva complica a vida dos motoristas na Avenida Capitão Luiz Horneaux
Forte chuva complica a vida dos motoristas na Avenida Capitão Luiz Horneaux   Foto: Antonio Marcos/AT

Em Cubatão, moradores reclamam de alagamentos no Parque São Luiz. Segundo a Defesa Civil, o acumulado de chuvas nas últimas 24 horas foi de 68mm. O bairro Pilões também enfrenta dificuldades, com a cheia do rio. Segundo a Defesa Civil, houve pontos de alagamentos por quase todo o município. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) permanece em estado de atenção.


Em Bertioga, foi registrado 70mm na área central e até 40mm de chuva nas últimas 24h. De acordo com a Defesa Civil, nenhuma ocorrência grave foi registrada.


Já em Guarujá, a Defesa Civil informou que o acumulado de chuva das últimas 72 horas é de 64,7 mm. O acumulado mensal até o presente é de 217,9 mm. A média prevista para o mês de fevereiro é 262,3 mm e a máxima dos ventos nas últimas 24 horas foi de 38,6 km/h, registrado nesta segunda, às 2h20. O nível vigente é observação. A prefeitura ainda realiza o levantamento de ocorrências.


Moradias do bairro Pilões, em Cubatão, foram invadidas pela chuva
Moradias do bairro Pilões, em Cubatão, foram invadidas pela chuva   Foto: AT

Em Mongaguá, uma árvore caiu no bairro Agenor de Campos devido às chuvas. O bairro foi o mais atingido pelos temporais que caem na região desde a última sexta-feira (7). De acordo com a prefeitura, a precipitação de chuva nas últimas 72 horas chegou a 109,72mm. Há pontos de alagamentos em vias próximas ao Riacho Barranco Alto, Itaóca e Vila Atlântica.


A cidade permanece em Estado de Atenção. Não há registro de remoção de famílias nestes últimos dias. A Defesa Civil segue percorrendo os bairros em monitoramento. Assim como a equipe da Diretoria de Serviços Externos, que realiza um levantamento a fim de averiguar os problemas causados pelas chuvas e ventos fortes.


No momento, não há condições técnicas para desobstruir valas, canais, galerias e bueiros porque continua chovendo. Além disso, a cheia de rios e córregos, maré alta e solo encharcado dificultam o escoamento das águas das chuvas. Com isso, muitas áreas continuam alagadas. Os serviços só poderão ser executados quando o nível das águas baixar.


Já em Itanhaém, cidade que registrou o maior volume de chuva na Baixada Santista, moradores registraram alagamentos no bairo Cibratel II. A Prefeitura de Itanhaém informou que a cidade está em estado de alerta durante 24 horas, e não há nenhum ponto de alagamento e ocorrências registradas.


Em Peruíbe, a estrada da Serra do Guaraú chegou a ser fechada devido a queda de barreira. Caso a precipitação aumente, a via será novamente bloqueada, seguindo protocolo da Defesa Civil e IPT. Ruas do bairro Caraguava também ficaram tomadas pela água.


De acordo com a prefeitura, o volume de chuva nos primeiros 10 dias do mês já chega em alguns pontos a 80% do que chove o mês de fevereiro inteiro. Existem pontos de alagamento em alguns bairros da cidade, como acontece normalmente, quando a maré alta represa a vazão dos canais ao Rio Preto. Não houve deslizamentos. Queda de árvores também foram registradas em alguns locais, mas sem maiores consequências. No momento, o estado é de alerta no município.


Rua no bairro Caraguava, em Peruíbe
Rua no bairro Caraguava, em Peruíbe   Foto: AT

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