STF define nesta quarta polêmica envolvendo igrejas e templos religiosos

O ministro do STF Gilmar Mendes manteve o veto a cultos religiosos presenciais no Estado, que seguem proibidos

Por: Nathália de Alcantara  -  06/04/21  -  20:44

Está marcada para esta quarta-feira (7) uma decisão, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), para a polêmica de manter ou não os templos e as igrejas do Estado abertos durante as fases mais rigorosas do Plano São Paulo, como a emergencial, em vigor até o próximo domingo. Por enquanto, em terras paulistas, esses locais devem manter suas portas fechadas.


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Na segunda (5), o ministro do STF Gilmar Mendes manteve o veto a cultos religiosos presenciais no Estado. Ele negou a ação do partido PSD, que argumentava que o decreto baixado pelo governador João Doria (PSDB), proibindo celebrações com presença do público, era inconstitucional por ferir a liberdade religiosa.


Como, no sábado (3), o ministro Kassio Nunes Marques, indicado para o tribunal pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), havia liberado os cultos presenciais, o caso será debatido pelos 11 ministros do STF, com urgência.


Por enquanto, a decisão de Mendes é a que vale no Estado, mas o colegiado decidirá a regra para o País. O detalhe é que, no último domingo (4), vários templos abriram e ficaram lotados, gerando aglomeração em plena pandemia.


A Diocese de Santos chegou a anunciar que retomaria as celebrações da Eucaristia com a presença de fiéis, aplicando com rigor os protocolos estabelecidos, e de acordo com os decretos dos municípios. Não houve um novo posicionamento do órgão, mesmo após a decisão de Mendes.


Religiões


A presidente do Fórum Inter-Religioso Municipal de Guarujá, Célia Lima, explica que a orientação é que todas as religiões obedeçam as determinações.


“Não queremos criar confusão com esse assunto, mas sabemos que algumas religiões obedecem as regras e outras não. O conselho é que a gente ore para que isso logo se resolva”.


Sobre o assunto, ela tem uma opinião definida a respeito. “Eu, Célia, particularmente acho que está havendo um desrespeito total à religiosidade e à nossa força de viver, que é a religião”.


O coordenador do Movimento Inter-Religioso pela Cidadania, José da Conceição de Abreu, defende que a abertura seja gradativa e respeitando todos os protocolos de segurança, como aferição da temperatura, distanciamento social e uso de álcool em gel. “No mercado pode entrar, mas no templo religioso não? Se o procedimento existe, deve ser amplo a todos”.


Ele explica que, além do problema de queda nas receitas das instituições, as religiões têm papel fundamental no emocional e psicológico nesse momento.


“As religiões são essenciais, pois levam conforto às famílias que perderam até três membros de uma só vez. Que carinho as pessoas recebem se nem velório podem fazer, tampouco receber abraço? Um alento seria essa palavra na igreja”


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