São Vicente amanheceu com greve no transporte público. Os motoristas da Otrantur, empresa responsável pelo transporte público de São Vicente, paralisaram as atividades à meia-noite. A decisão pelo protesto ocorreu na noite desta terça-feira (18) como resposta ao não pagamento do salário de dezembro e demais benefícios, como vale-refeição por assiduidade, férias vencidas, horas extras e Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região (Sindrod), José Alberto Torres Simões, o Betinho, ressalta que a empresa também não tem quitado o plano de saúde dos funcionários, que temem ter o serviço suspenso em plena pandemia.
Betinho informou que nem Otrantur e nem Prefeitura procuraram os trabalhadores para resolver a situação. Desta forma, agora, os trabalhadores aguardarão um posicionamento das partes, de braços cruzados, em frente à garagem da empresa, na Rua Frei Gaspar.
O vice-presidente do Sindrod ressalta que a categoria vai cumprir quaisquer determinações da Justiça, mas, enquanto não receberem liminar, os serviços permanecerão suspensos.
Ele ressalta que o sindicato seguiu todas as regras para interromper as atividades, como o aviso do estado de greve na última quinta-feira (13), dando tempo à Prefeitura e à empresa de tomarem as devidas medidas – de procurar a entidade ou acionar a Justiça.
Otrantur e Prefeitura
A Reportagem procurou as partes ao final da assembleia, por volta das 21 horas, mas não obteve resposta. Entretanto, em posicionamento anterior, na ocasião da última paralisação, a Otrantur havia destacado a irregularidade da greve, que não teve a presença do sindicato e não cumpriu os requisitos legais, como o atendimento básico à população.
A empresa também havia informado, em nota, que o atraso ocorre em virtude de uma crise financeira, imposta por diversos fatores, como o não reajuste da tarifa e aumento do diesel.
A Prefeitura de São Vicente, por sua vez, tinha informado que a empresa e o Sindrod seriam notificados para que os colaboradores retornassem ao serviço para não prejudicar os usuários do transporte coletivo.