Prefeito de São Vicente revela caos deixado na Saúde

Em live, Kayo Amado revelou que nas duas semanas iniciais de mandato foi possível perceber “uma série de cascas de banana” deixada pela gestão anterior

Por: Sandro Thadeu  -  07/02/21  -  21:52
Atualizado em 07/02/21 - 22:20
Secretária de Saúde e prefeito apresentaram plano nesta segunda-feira
Secretária de Saúde e prefeito apresentaram plano nesta segunda-feira   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Pode), realizou, na última terça-feira (2), uma live para prestar contas sobre o primeiro mês de gestão. O chefe do Executivo revelou que nas duas semanas iniciais de mandato foi possível perceber “uma série de cascas de banana” deixada pela gestão anterior, em especial na área da Saúde, como a falta de insumos básicos e até de materiais, o que resultou na suspensão de cirurgias ortopédicas no Hospital Municipal. Para Amado, isso ocorreu “talvez, por graves falhas de gestão, ou, muitas vezes, até por má intenção de quem quis deixar casca de banana”.


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A secretária de Saúde, Michelle Santos, afirmou que nos primeiros dias de governo chegou a faltar gaze. “Estávamos na iminência de parar de fazer curativos. A gente pegou um cenário devastador. Esses 30 dias foram de muito trabalho para restabelecer e tentar resgatar a confiança junto a esses fornecedores e prestadores de serviços para caminharmos com mais tranquilidade”, explicou.


Michelle disse que recebeu a pasta com R$ 48 milhões de restos a pagar. "Tínhamos 480 fornecedores com atraso e, só em janeiro, pagamos mais de 260 para tentar diminuir esse tempo de atraso para menos de 90 dias a fim de evitar a interrupção do fornecimento de serviços, insumos e medicamentos”, frisou.


Ex-superintendente da Secretaria de Saúde, Carlos Brito estranhou o número apresentado por Michelle. Ele garante que o restos a pagar da gestão de Pedro Gouvêa (MDB) era de R$ 15,4 milhões, enquanto entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões eram do período do governo do ex-prefeito Luis Claudio Bili (PTB).


Sobre a questão de insumos, Brito deixou claro que não houve má-fé da gestão anterior. “No período da pandemia de covid-19, o consumo de insumos e materiais triplicou, assim como os preços. Não tinha como fazer estoque”, justificou.


Brito citou ainda que a Saúde recebia dos governos do Estado e Federal em torno de R$ 4,5 milhões por mês, mas as despesas ultrapassavam a casa dos R$ 7 milhões. A chegada de emendas parlamentares ajudava a aliviar a situação.


Gouvêa lamentou as declarações e a postura de Amado. “Casca de banana só vê na frente quem não tem experiência. Sempre pautamos o nosso trabalho de forma transparente”. E completou: “Quero ver o prefeito colocar em operação os dois novos prontos-socorros (Vila São Jorge e Jardim Rio Branco) e parar de dar desculpas para a falta de médicos na Cidade”.


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