Prefeito de São Vicente aposta em Segurança, Saúde e Educação para acelerar desenvolvimento

Kayo Amado (Podemos) fala sobre temas para A Tribuna

Por: Thiago D'Almeida  -  22/01/22  -  19:25
Prefeito de São Vicente, Kayo Amado cita Segurança, Saúde e Educação como 'focos' em 2022
Prefeito de São Vicente, Kayo Amado cita Segurança, Saúde e Educação como 'focos' em 2022   Foto: Flavio Hopp/AT

No aniversário de 490 anos de São Vicente, o prefeito Kayo Amado (Podemos) conversou com A Tribuna e não só destacou os avanços obtidos após seu primeiro ano de mandato como ressaltou os três pontos principais para aprimoramentos ao longo de 2022: o tripé formado por Educação, Segurança e Saúde. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.


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Em sua campanha, foi ressaltado o fato de o senhor ser uma “força jovem”. Como isso foi aplicado em seu primeiro ano de governo?

A gente inspirou as pessoas a acreditarem e, particularmente, posso dizer que sirvo com o mesmo propósito e a mesma vontade desde o primeiro dia que sentei nesta cadeira e coloquei o pé na rua como prefeito. São Vicente tem desafios imensos para enfrentar, em todos os eixos.

Somando o estado crítico da Cidade no momento em que a recebi, o pico da pandemia de coronavírus, a queda de receita e a necessidade de quitar dívidas para mantê-la em pé, o primeiro ano de mandato foi bastante turbulento. Mesmo assim, a gente conseguiu fazer uma gestão que enfrentou a pandemia, abriu mais leitos para enfrentar a covid-19 e fez a iluminação de vias importantíssimas para a cidade, como a Quarentenário, a Pérsio de Queiroz, a Ulysses Guimarães e a Praça 22 de Janeiro.

A gente costurou uma parceria com o Senai e mais de mil vagas foram abertas. Capacitamos eletricistas, costureiras e outros. Conseguimos trazer alguns eventos criativos, como o Festival da Primavera. Fizemos uma campanha de vacinação histórica e iniciamos o processo de reforma final da Ponte dos Barreiros. Hoje, a gente já tem 30% da obra concluída em um terço do tempo previsto. Resolvemos problemas de drenagem de ruas. E faço a ressalva de que ainda há diversas vias a serem melhoradas. Asfaltamos 41 ruas só no nosso primeiro ano.


Como é a sua relação com o Município?

Eu sou um filho dessa Cidade. Meus avós construíram suas vidas aqui, com seu pequeno comércio, se desenvolveram aqui e eu tive a oportunidade de viver nela desde o meu primeiro dia de vida. Então, sou um vicentino que tem suas raízes aqui. Sou apaixonado por essa Cidade e quero que as pessoas a enxerguem da mesma forma como eu, cheia de vida, história e riquezas naturais, podendo ser um grande local para criar filhos com dignidade.


O que o vicentino pode esperar para 2022?

O ano é de renovação da esperança, de recuperação, de erguer a cabeça e trabalhar. O que sempre vão poder esperar de mim é entrega ao trabalho, com dedicação máxima. Além de encararmos todos os desafios da cidade de frente, temos três focos principais de atuação este ano: Segurança, Saúde e Educação.


O que é o pacote de Segurança prometido?

Faremos o lançamento desse projeto até o final do mês. Vai ser um início. Vamos investir em monitoramento e inteligência para poder monitorar diversas áreas da nossa cidade e, com isso, coibir os crimes. Vamos ampliar o nosso efetivo de Guarda Civil Municipal para permitir uma resposta mais rápida. Agiremos de forma mais integrada com a Polícia Militar e a Polícia Civil.

É um projeto de monitoramento ousado, inovador. Posso adiantar que é um monitoramento inteligente, somado ao aumento de efetivo e correções específicas na carreira do guarda municipal. Além disso, entendemos que iluminação é segurança pública. O objetivo é iluminar todas as principais avenidas até o final do mandato.


E na Saúde?

Apresentamos o plano Nova Saúde e traremos para São Vicente um hospital de verdade. Isso vai ser uma marca para o Município. Vamos ampliar o número de leitos disponíveis para o cidadão e aumentar o total de vagas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A demolição do antigo Crei e o novo hospital são pontos que estão previstos para 2022.


O que pode falar de investimento em Educação?

A gente tem a previsão, além do fornecimento de notebooks para professores poderem desempenhar melhor seu trabalho em sala de aula, o investimento na melhoria da merenda e na infraestrutura das escolas, que recebemos sucateadas. Estão previstos para 2022 pelo menos mais três novas escolas.


E na Habitação?

Já firmamos um termo com o Governo Estadual, no âmbito do Cidade Legal, e faremos um trabalho de regularização de algumas áreas. Também discutimos com o Estado a vinda de mais recursos para a construção de unidades habitacionais. Sabemos que o deficit é gigantesco, o maior da Baixada Santista. Mas a postura que assumi junto ao Governo do Estado é a de que a gente não é quintal das outras cidades. Com o deficit habitacional que temos, o que for construído deve ser destinado ao vicentino.


E as obras da Bacia do Catiapoã?

Elas têm mais de dez anos de existência, em parceria com o Governo Federal. Ou seja, é um convênio antigo, de uma obra com valores defasados. Foi firmado um contrato, mas os recursos, hoje, são pequenos. É uma obra tão crítica que há uma década não foi resolvida.

Estamos buscando junto à Secretaria de Saneamento do Governo Federal um entendimento para conseguir resolver isso e fazer uma obra completa. Infelizmente, da forma como foi entregue esse convênio, estava praticamente pronto para ser perdido, e conseguimos “revivê-lo”. Essa obra envolve um impasse jurídico e burocrático que a gente precisa resolver junto com a União.


Como sanar os problemas da zeladoria da Cidade?

Esse é um dos grandes gargalos. A gente recebeu uma zeladoria muito frágil. Para ser sincero, caindo aos pedaços. Profissionais muito bons, mas também alguns com muitas dificuldades. Um processo desestruturado, sem ferramenta e equipamentos.

Desde então, buscamos organizar isso para que a gente consiga cobrir São Vicente inteira. Hoje, ainda temos grandes dificuldades, porque o efetivo é muito pouco quando comparado às outras cidades da Baixada Santista. Buscamos organizar o sistema de zeladoria como um todo para melhorar esse fluxo tanto na aquisição de maquinários quanto das ferramentas para trabalhar. Mas, acima de tudo, temos um diagnóstico muito claro: para que São Vicente tenha uma zeladoria melhor, precisaremos buscar outras alternativas.

Hoje, com as equipes que temos, apenas apagamos incêndios. Então, 2022 vai ser um ano de virar a chave. Atualmente, temos muito trabalho para pouca equipe. Precisamos minimamente equilibrar isso.


O que deve ser feito na área do Turismo?

Em 22 de janeiro (neste sábado), começaremos algo especial. Faremos uma contagem regressiva para os 500 anos da Cidade, para quando completarmos essa marca (em 2032), consigamos contar outra história, tendo como base a recuperação de São Vicente em uma década.

Pretendemos, ainda neste ano, fazer uma grande obra na orla do eixo Gonzaguinha, Biquinha e Boa Vista, onde haverá uma grande revitalização. Faremos também um projeto para que as pessoas se sintam seguras caminhando pela orla, e com atrativo do ponto de vista de redes sociais, para que fotografem e divulguem a Cidade para o mundo inteiro. Pretendemos trazer eventos, com todo o cuidado em relação à pandemia. Vamos incentivar a ocupação da Praça 22 de Janeiro, que é belíssima.


Como a iniciativa privada pode auxiliar nesse processo?

Buscamos parcerias com o mundo empresarial para desenvolver outros projetos, como o teleférico. Estamos dialogando e renegociando o contrato para que eles façam investimentos. A ideia é que atraiam também uma roda gigante e uma parede de escalada para a orla do Itararé. Tudo isso integra um grande pacote para fazer São Vicente mais atrativa, mais moderna e com a responsabilidade de ser a primeira cidade do Brasil a completar 500 anos.


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