Morador do litoral de SP é um dos financiadores de transporte para manifestantes, diz AGU

No endereço, apontado pela Advocacia Geral da União, funciona um escritório de despachante

Por: ATribuna.com.br  -  12/01/23  -  21:05
Manifestantes golpistas provocaram o caos em Brasília no último domingo (8)
Manifestantes golpistas provocaram o caos em Brasília no último domingo (8)   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Advocacia Geral da União (AGU) identificou 52 pessoas e sete empresas responsáveis por financiar o transporte dos manifestantes golpistas que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, em Brasília, no último domingo (8). Um deles é Fernando José Ribeiro Casaca, de 69 anos, que seria morador de São Vicente. A AGU também pediu o bloqueio de bens desse grupo, que somam mais de R$ 6,5 milhões.


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A Tribuna procurou Fernando José Ribeiro Casaca no endereço indicado pela AGU como residência do acusado. No local, em São Vicente, funciona um escritório de despachante e corretor de seguros. Por telefone, um homem que se apresentou como dono do imóvel, afirmou não conhecer a pessoa identificada pela AGU como responsável por financiar o transporte de manifestantes bolsonaristas ao Distrito Federal. “Não conheço ninguém com esse nome. Estou neste prédio há 50 anos”, disse o homem, que preferiu não se identificar.


Fernando José Ribeiro Casaca respondeu na Justiça a uma ação de indenização por danos morais e à imagem, movida pelo Clube XV, de Santos, em fevereiro de 2021. Segundo a ação, como síndico do empreendimento Condomínio Clube XV, Hotel, Flats e Centro de Negócios, Casaca teria “forjado uma Alteração da Convenção Condominial em 05.04.2014... com a “redução” arbitrária, unilateral e ilegal da área do Clube XV, de 5.059,19 m2, área comum de 996,69 m2 e garagem de 1.117,44 m2, passando para a área útil de 3.233,460m2, área comum de 3.425,633m2 e garagem de 0,00m2”.


De acordo com a ação de 2021, Casaca seria administrador hoteleiro, nasceu em Angola, teria domicílio em Santos e era cobrado em R$ 330 mil. A Tribuna tentou, sem sucesso, contato com o escritório de advocacia que representa o Clube XV na ação. Fernando Casaca também não foi localizado.


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