Garoto autista retribui carinho de vendedora com flor repleta de amor em São Vicente
Respeito e atitude da funcionária de uma ótica no Centro comoveu as redes sociais
Atualizado em 07/07/22 - 13:48
Luiz Miguel Bichierov, de 10 anos, foi na manhã desta quinta-feira (7) no Centro de São Vicente agradecer a vendedora Maitê da Silva Rocha, de 28 anos. O garoto entregou uma rosa após ter sido presentado com um óculos escuro pela funcionária.
A história começou em junho quando Maitê e outra funcionária tiveram uma atitude gentil para ajudar o pequeno Luiz Miguel, diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e estava muito agitado ao acompanhar a mãe no comércio.
Durante o atendimento na ótica, Miguel pedia por um óculos de sol. Ao ver a situação, Maithê se sensibilizou e conseguiu encontrar o modelo ideal para dar ao garoto.
A empatia no atendimento deixou a mãe do garoto, Regiane Bichierov, de 38 anos, emocionada. "Ele ficou muito feliz. Aquilo me emocionou muito. Ela (a vendedora) o abraçou e soube lidar com a situação. Falei pra ela que ia postar isso porque, normalmente, pelo autismo 'não ter cara', as pessoas não olham com bons olhos, não veêm que é uma criança especial".
Regiane explica que Miguel costuma ser bem agitado, falante e carinhoso, o que muitas vezes incomoda as pessoas que não o conhecem. "Tem pessoas que não entendem e fazem cara feia. Na verdade, a inclusão e a empatia não ocorrem na prática. Infelizmente, é assim".
A solidaridade
Maitê conta que em um primeiro momento não sabia que Miguel era autista. Mas, quando descobriu, afirma que se sentiu ainda mais 'apaixonada', ao se identificar por ter um irmão com o mesmo transtorno.
"Como ele queria o óculos de sol, achei um e entreguei para ele. Ficou super feliz. Me abraçou, me beijou e tirou foto. A alegria quando entreguei o óculos foi radiante".
A vendedora também revela que não esperava tamanha repercussão com o caso, pois sempre tentou tratar todas as pessoas da melhor forma possível. "Espero que essa atitude seja geral. Eu trato as pessoas da mesma forma que gostaria que tratassem tanto eu quanto meu irmão, minha vó e minha mãe", finaliza.
Como ajudar um autista?
De acordo com a psicóloga analista comportamental Adriana Ribeiro, é só manter a calma e lembrar que brigar, gritar e outras punições devem ser evitados.
Também é indicado dizer calmamente para a criança respirar e ficar calma. "Quando a criança quiser algo, é fundamental que os responsáveis ensinem que ela aponte sua necessidade para reduzir um comportamento inadequado".
