A segunda fase das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que levará esse meio de transporte mais moderno, silencioso e não poluente à região central de Santos, representa a consolidação de um sistema de mobilidade articulado do ponto de vista regional.
A expectativa da Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos é que as obras sejam concluídas ainda este ano.
Na primeira etapa, foi possível atender a demanda de deslocamento de pessoas que vêm de São Vicente para trabalhar e estudar em Santos, onde está concentrada a maioria dos empregos e cursos universitários.
Com a chegada desse modal até o Valongo, uma pessoa que sai de Vicente de Carvalho poderá pegar o VLT e se deslocar rapidamente por outras localidades de Santos e até mesmo de São Vicente, por exemplo.
Falta integração
Embora ainda não haja uma integração tarifária entre o VLT e as barcas e catraias, as estações do VLT ficarão próximas às estações onde desembarcam os cidadãos que chegam desse distrito de Guarujá.
O novo trecho terá oito quilômetros de extensão, 14 estações e capacidade para transportar até 35 mil passageiros por dia.
O secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, acredita que esse sistema ajudará na recuperação da região central do Município e representará um diferencial para trazer mais turistas.
"Sempre que há um modal com essa capacidade, mais investimentos são realizados, como já ocorre com as linhas de Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), e há o estímulo para o desenvolvimento institucional, econômico e financeiro dessas regiões", afirma.
Desenvolvimento
Associado ao traçado do VLT, vários dispositivos foram criados pela Prefeitura para estimular o adensamento nas vias que acompanham a linha desse meio de transportes. Porém, a leitura é que essas construções irão surgir a longo prazo.
Na avaliação da Administração Municipal, outro ponto positivo dessa obra é a revitalização das vias por onde o VLT vai passar, o que melhorará a paisagem e as calçadas.
Há ainda a expectativa que os imóveis de algumas ruas, como a Dr. Cochrane e Campos Melo, sejam reformados pelos proprietários e possam abrigar novos comércios e serviços.