Um vídeo que circula nas redes sociais nas últimas horas, mostrando o que seria uma cobra em uma das praias de Santos, no litoral de São Paulo, chamou a atenção dos moradores da cidade. Nas imagens, um morador narra o que seria uma 'sucuri' arrastada pela ressaca. Segundo a prefeitura, porém, a cobra, na verdade, é um conduíte.
Ao analisar as imagens, o biólogo Eric Comin afirmou, em um primeiro momento, que realmente poderia se tratar de um animal de quatro metros de comprimento. De acordo com o profissional, a espécie habita os mangues da região e, com a ressaca, poderia ter sido arrastada para próximo da área urbana.
"Não é um fato comum de acontecer. Principalmente, de um animal desse numa área totalmente urbana. O que eu acredito é que esses animais habitam os mangues. Por conta da maré cheia, que sobe e vaza, ela veio junto e acabou se instalando na praia. É uma coisa que pode acontecer. Tivemos um caso recente, ano passado, de um jacaré do papo-amarelo, que apareceu também. Não é um fato comum, mas pode acontecer", explicou Comin.
De acordo com informações obtidas por ATribuna.com.br, na manhã deste sábado (11), apesar do vídeo realmente poder confundir os moradores, não houve o registro de nenhuma serpente nas praias da cidade. Na verdade, a imagem narrada pelo morador trata-se de um conduíte que escapou de um dos dutos que ficam nessa parte da areia para passar a fiação para os postes.
O profissional também explicou que, devido a maré alta, outros animais podem aparecer na região. "É aquela velha história. O sol vai nascer e ninguém sabe o que a maré vai trazer (risos). Você tem um ambiente de manguezal para dentro da área de Santos. A cidade é uma ilha, circulada por água. E os animais acabam vindo, aparecendo. Claro que, com ressaca, pode ter encalhe de animais como tartarugas e cetáceos. Podem surgir cobras e serpentes. Estamos sujeitos a uma série de aparições", finalizou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos informou que trata-se de um duto flexível (conduíte) de passagem de fiação elétrica; confira a íntegra.
Devido à ressaca dos últimos dias, o duto que fica enterrado acabou se soltando. As equipes da Subprefeituras, desde a noite de quarta-feira, trabalham na limpeza das vias, desobstrução dos canais e galerias assoreados, e nos reparos de equipamentos e sistemas danificados pelo avanço do mar.
