O vicentino Milton Ribeiro é Cidadão Santista desde 2020, quando teve o título outorgado pela Câmara de Santos. Porém, com a prisão do ex-ministro da Educação - que durou pouco mais de 24h -, a vereadora Débora Camilo (PSOL) protocolou um novo projeto para a cassação do título. Na tentativa anterior, rejeitada neste ano, Débora citou opiniões preconceituosas dele contra homossexuais e crianças com deficiência.
Ribeiro foi preso pela Polícia Federal (PF), em Santos, na manhã de quarta-feira (22), no apartamento onde mora, no Boqueirão. A polícia apura a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de dinheiro do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
Enquanto Milton Ribeiro era titular da pasta, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura teriam intermediado a liberação de verbas, com suspeita de cobrança de propina, através de um gabinete paralelo.
Segundo a PF, com base em documentos, depoimentos e relatório final do inquérito, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa na liberação de verbas públicas.
O crime de tráfico de influência tem pena prevista de dois a cinco anos de prisão. A PF também investiga os crimes de corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa, com penas que podem variar de 2 a 12 anos, de 3 meses a 1 ano e de 1 a 3 meses, respectivamente.
Ribeiro, que estava em São Paulo, foi solto por ordem judicial na quinta (23). No mesmo dia, a Polícia Federal anunciou a abertura de um procedimento interno para apurar “boatos de possível interferência” na operação, mas não informou quais seriam.