O terminal Ecoporto, empresa que atua no Porto de Santos, anunciou que irá paralisar suas operações por 24h ou por tempo indeterminado a partir deste sábado (26) devido aos protestos realizados por Estivadores Avulsos na manhã desta sexta-feira (25).
Um grupo de estivadores ocupou um navio e paralisou as operações em um terminal do Porto de Santos, por volta das 9h desta sexta-feira. A categoria alega que o navio atracado estava sendo operado sem mão de obra especializada e sem equipamentos de proteção.
A empresa informa que tomou a decisão por conta da falta de segurança na região. Além disso, representantes reiteraram que as contratações para recomposição do quadro de estivadores vinculados foram realizadas de forma estritamente legal, o que inclui a divulgação de editais e o cumprimento das demais exigências, segundo nota.
Ainda de acordo com a nota divulgada pela Ecoporto, a empresa repudia qualquer ato de vandalismo e espera das autoridades locais competentes uma atuação contundente com o objetivo de garantir a retomada das operações no terminal.
Já os estivadores afirmam que o protesto – que teve início nesta sexta-feira (25) - continuará neste sábado (26). Representantes do Sindicato dos Estivadores de Santos (Sindiestiva) organizaram uma manifestação na frente do terminal da Ecoporto. Segundo a categoria, a empresa teria tentado realizar nesta sexta, a partir das 7h, uma operação de descarga, desrespeitando o acordo coletivo de utilizar 100% de mão de obra avulsa e sem nenhum tipo de acordo coletivo de vinculados.
"O navio se encontra parado a mais de 24 horas sem operação alguma, pois estamos aqui na porta e não vamos permitir que a empresa desrespeite o acordo de 100% de avulso”, disse o presidente do sindicato, Rodnei Oliveira da Silva, conhecido como ‘Nei da Estiva’.
Ainda de acordo o Sindiestiva, não existe nenhum acordo de vínculo entre o sindicato e as empresas ProPorto e Ecoporto. A diretoria do sindicato teria tentado, através de ofícios, convocar uma negociação, mas não houve retorno por parte das empresas. O vínculo com essas empresas só pode existir após a deliberação da questão em assembleia, diz o Sindiestiva.
Diante do ocorrido, o corpo jurídico do Sindicato dos Estivadores entrou com medidas judiciais contra as empresas Proporto e Ecoporto, segundo declaração de Nei da Estiva.