Sem pontos facultativos, hoteleiros da região dizem viver 'pior Carnaval de todos os tempos'

Segundo o sindicato da categoria, hotéis da região têm metade da ocupação durante o Carnaval

Por: Nathália de Alcantara  -  14/02/21  -  19:22
Em Santos, os hotéis poderão atuar com capacidade de até 40%
Em Santos, os hotéis poderão atuar com capacidade de até 40%   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Com pandemia da Covid-19 e pontos facultativos cancelados neste ano, a taxa média de ocupação de leitos em hotéis neste Carnaval, na região, está em 50%. O setor esperava 80%. Os dados são de pesquisa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira (SinHoRes). Hoteleiros dizem ser “o pior Carnaval de todos os tempos”.


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O levantamento de ocupação foi realizado nos dias 9 e 10 em 30 hotéis da Baixada com maior número de leitos e ocupação em Santos, Guarujá e São Vicente.


A cidade com média mais alta é Guarujá, com 53%, seguida de Santos (52%) e São Vicente (45%).


No ano passado, a região registrou ocupação de 90% nas mesmas cidades. O levantamento foi feito no mesmo período, com 22 hotéis da região.


Segundo o presidente do SinHoRes, Heitor Gonzalez, o setor de hotéis, bares e restaurantes tem sido fortemente impactado. “Este é um dos melhores feriados do ano e faz parte da temporada de verão. Os hotéis chegam a uma ocupação de 90% dos leitos, movimentando a economia local.”


A categoria enfrenta dias difíceis após uma temporada de verão com ocupação muito inferior à verificada no ano passado, ocasionando prejuízos.


Outras cidades


O presidente da Associação dos Proprietários de Hotéis e Pousadas do Guarujá (Aprohot), José de Ávila, diz que nunca imaginou ver essa situação nesta data.


“É o pior Carnaval de todos os tempos. Está péssimo para todo mundo. Sou consultor de hotelaria há mais de 25 anos e nunca vi algo assim”.


Neste ano, aconteceu algo inédito. Ele diz que os pacotes de Carnaval costumam ser de três a quatro noites. Por causa da falta de procura, foi aberta a opção de uma diária e mais barata. “Precisaremos de cinco meses para recuperar o Carnaval.”


Dona do Apart Hotel Guaiuba, Ieda Maria Biscola relata que a situação está péssima. “Tenho capacidade para 100 pessoas e recebi só seis. Toda a ocupação do Carnaval é vendida em dezembro.”


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