Santos volta a repassar para a rede estadual os testes de Covid-19

Nos últimos 90 dias, exames colhidos na cidade eram feitos por laboratório particular contratado pela Prefeitura a fim de agilizar resultados dos munícipes

Por: Por ATribuna.com.br  -  30/06/20  -  21:56
Após três meses, rede estadual volta a ser responsável pelos exames de Covid-19 de Santos
Após três meses, rede estadual volta a ser responsável pelos exames de Covid-19 de Santos   Foto: Isabela Carrari/PMS

A prefeitura de Santos afirma que, a partir desta semana, as amostras colhidas dos pacientes na rede municipal de saúde para os testes para o diagnóstico da Covid-19 voltaram a ser analisadas pelo Governo do Estado. A medida é válida para os exames laboratorial (RT-PCR), considerado o mais eficaz parta detectar a presença do novo coronavírus no organismo. 


Nos últimos três meses, os testes foram feitos por laboratório particular contratado pela administração santista a fim de agilizar a testagem dos munícipes devido a problemas já sanados na rede estadual.  


O contrato com o laboratório Centro de Genomas previa até 20 mil exames, ao valor unitário de R$ 150 (R$ 3 milhões, ao todo), e está próximo do final. “Realizamos a contratação no final de março porque, à época, o Instituto Adolfo Lutz (IAL) tinha grande demanda de exames e demorava mais de 15 dias para o envio dos resultados. Agora, o Estado ampliou a sua capacidade e podemos retornar o envio das amostras”, explica o secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz.  


Após a contratação do laboratório particular pelo Município, o Governo do Estado criou uma rede de laboratórios que ampliou a capacidade de processamento para até 10 mil exames/dia dos pacientes da rede pública. Além do IAL, integram a rede o Instituto Butantan, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Hemocentro de Ribeirão Preto, Laboratório de Análises Clínicas e Patologia do Hospital das Clínicas da Unicamp e o Hemocentro de Botucatu.  


Protocolo  


O protocolo do governo estadual determina a coleta de amostras (nasal e orofaringe) dos pacientes com casos de síndromes gripais e síndromes respiratórias agudas graves ou em condições de risco de exposição ou complicações pela Covid-19.  


A coleta das amostras do paciente deve ocorrer na fase aguda da infecção, entre o 3º e o 7º dia após o início dos sintomas. A orientação é que os munícipes com sintomas da doença procurem a policlínica de referência do seu bairro de segunda a sexta, no período da tarde (após as 12h30) para avaliação das equipes médica e de enfermagem, que realizarão a coleta seguindo o protocolo.  


Nos casos mais graves, as pessoas podem ir todos os dias (24h) nas unidades de pronto atendimento (UPA Central, UPA Zona Noroeste e PS Zona Leste).  


Veja regras para a testagem 


Síndrome gripal: quadro respiratório agudo com febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade respiratória.  


Síndrome respiratória aguda grave (SRAG): síndrome gripal que apresente desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio (O2) menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto.  


Crianças: além dos sintomas anteriores, também são observados nelas os batimentos de asa de nariz, cianose (coloração azul-arroxeada da pele), esforço para respirar, desidratação e falta de apetite.  


Condições de risco: Para os demais casos de síndrome gripal, é realizado o diagnóstico laboratorial nos indivíduos com condição de risco. 


Condições de maior exposição: Profissionais da Saúde, Segurança Pública, Limpeza Pública, Transportes Públicos e do Sistema Funerário (sepultadores).


Desenvolvimento de complicações nas infecções por Covid-19: 


Pessoas com 60 anos ou mais;


Pessoas de qualquer idade com doenças cardiovasculares (cardiopatas, insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, portadores de arritmias, hipertensos), doenças pulmonares (dependentes de O2, portadores de asma), doenças neurológicas (antecedente de AVC, doenças neurológicas degenerativas);


Nefropatias, doentes renais crônicos em estágio avançado (graus 3, 4 ou 5), imunodeprimidos, portadores de doenças cromossômicas, diabetes, obesidade IMC>30;


Gestantes de alto risco;


População em situação de vulnerabilidade social (população em situação de rua, quilombolas, povos indígenas). 


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