Psicóloga de Santos analisa menor índice de felicidade dos últimos anos no Brasil; VÍDEO

Falta de moradia, saúde e emprego afetam a percepção de felicidade e potencializam 'crise' de saúde mental na pandemia

Por: Jordana Langella  -  19/06/21  -  10:28
   Baixada Santista deve vacinar mais de 1 milhão de pessoas até meados de setembro
Baixada Santista deve vacinar mais de 1 milhão de pessoas até meados de setembro   Foto: Matheus Tagé/AT

O Brasil atingiu a menor pontuação média sobre a felicidade - que era de 2006 - na pandemia, segundo a pesquisa Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social).Veja mais detalhes na videorreportagem abaixo.



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Em 2020, a média no Brasil foi de 6,1; pontuação medida entre um a dez e que apresentou queda de 0,4 ponto, no comparativo do ano anterior. Mas, o que chama atenção no recorte nacional é a relação entre a ideia de felicidade e renda - entre os 20% da população mais rica a medida aumentou de 6,8 para 6,9, de 2019 para 2020; enquanto entre os 40% mais pobres caiu de 6,3 para 5,5.


A falta de necessidades básicas, como moradia, saúde e emprego afetam a percepção de felicidade, de acordo com a psicóloga e especialista em saúde mental Natália Dantas. “Existe um gráfico de um psicólogo americano que se chama Pirâmide de Maslow, que tem vários níveis de crescimento pessoal e os dois primeiros são sobre as necessidades fisiológicas, como alimentação, excreção e sexo; e o outro nível diz respeito ao trabalho. Então, o corpo precisa estar funcionando bem, com saúde; e a gente precisa ter um trabalho para que as nossas necessidades mínimas sejam atendidas", explicou


A pesquisa ainda avaliou o conceito de bem-estar social e a desigualdade social no Brasil, que assim como a felicidade, também apresentaram baixas. O primeiro teve queda de 19,4% entre o primeiro trimestre de 2020 e a mesma época de 2021, enquanto o Índice de Gini que mede a quantidade de riqueza de zero a um, sendo que o mais próximo de 1 revela o pior cenário, saltou de 0,642 para 0,674.


Por fim, Dantas observa que para que ocorra uma discussão justa sobre equilíbrio mental e bem-estar social, quando existir políticas públicas de diminuição da desigualdade social. "A saúde mental fica muito afetada se a gente não tem direitos básicos garantidos. Eu acho que não pode discutir saúde mental se não discutirmos política também, porque as pessoas que vivem em vulnerabilidade social precisam da política para garantir esses direitos", finalizou.


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