A Prefeitura de Santos estuda prorrogar o contrato para atividades no Museu do Surfe, localizado no Parque Roberto Mário Santini, o Emissário Submarino. O termo de fomento com a Associação Santos Surf atual conclui no próximo domingo (24). A expectativa é de que um novo acordo seja anunciado nos próximos dias.
A possibilidade da prorrogação tem sido discutida durante toda a semana entre a Associação Santos Surf, idealizadores do espaço, e a Secretaria Municipal de Esportes (Semes).
Inicialmente, a prefeitura teria comunicado a associação de que o contrato não seria renovado. Mas a Semes ouviu o apelo dos demais surfistas da região, que se mobilizaram para manter o incentivo aos praticantes e incentivadores do esporte.
Mesmo com o termo de fomento para atividades vigente até o próximo domingo (24), ATribuna.com.br ouviu de pessoas ligadas à prefeitura e a Associação de que um novo vínculo será concluído.
Devido a pandemia, e a restrição para a prática de esportes na praia, a Semes realizou atividades virtuais durante o período de quarentena na cidade.
Emissário
Um dos principais pontos turísticos da cidade e grande pontos de encontro entre os surfistas de Santos e de toda a região, o Parque Roberto Mário Santini vive um impasse judicial.
Batizada de Novo Quebra-Mar e orçada em R$ 15 milhões, a obra de revitalização do Emissário foi iniciada em julho do ano passado e realizada pela Valoriza Energia.
A empresa iniciou esse investimento como contrapartida pela instalação de uma Unidade de Recuperação de Energia (URE) no Sítio das Neves, na Área Continental de Santos. No entanto, no dia 8 do mesmo mês, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e concedeu uma liminar (decisão provisória e de caráter imediato) para interromper os trabalhos.
Em 14 de dezembro, o juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santos anulou o termo de compensação ambiental acordado entre a Prefeitura e a Valoriza Energia pela instalação da URE. Houve a determinação que a empresa restaurasse o parque municipal nos moldes originais em até 30 dias. No entanto, essa medida está suspensa em razão de uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.