A pandemia de coronavírus alterou a forma de vida de todos, mas uma classe em específico foi primordial para conectar a população enquanto a maioria estava em casa. Mesmo com a flexibilização das restrições, eles continuam sendo fundamentais. Em um serviço tão ágil, as mudanças em suas rotinas também foram emergenciais.
Pensando nisso, a equipe de A Tribuna entrou em contato com agências de motoboys da cidade de Santos e ouviu tanto os proprietários quanto os próprios funcionários. Acompanhe a videorreportagem acima.
O motoboy Pablo Fernando sofreu um acidente de trânsito pouco antes do início da pandemia e retornou ao trabalho em janeiro deste ano, quando o cenário já estava diferente. “Complicou tudo. A gente precisa ter segurança, máscara e álcool em gel. Tivemos que nos adaptar. As entregas estão ‘a milhão’ e o cliente praticamente depende de nós”, explica.
Embora encontre com pessoas no caminho que fazem questão de agir contra as normas de segurança e o receber sem a proteção da máscara, Fernando mantém sua conduta no trabalho com a consciência tranquila. “Eu faço a minha parte. Procuramos manter o distanciamento social. Sempre que tenho álcool [em gel], higienizo as mãos. Quando tenho contato com o cliente, peço para higienizarem também”.
Uma vez que o distanciamento foi instaurado, os pedidos de entregas aumentaram. “A pandemia chegou e a demanda dobrou ou triplicou”, conta Fernando.
Além do fornecimento de máscaras e álcool em gel, os proprietários das agências agem diretamente nas ações contra a propagação do coronavírus com inovações. Em entrevista com Robson Garcia, que há quase 20 anos comanda a RR Courrier & Motoboys, ficou esclarecido que o uso da tecnologia também pode fazer uma grande diferença.
“Caso o cliente não queira chegar perto do entregador, o motoboy é orientado a observar os dados em nosso aplicativo e deixar [o objeto] pendurado em um portão ou encostado em uma porta. Quando ele se afasta, o cliente retira a encomenda”, disse.