Conselho Econômico quer fortalecer novas parcerias

Devido às eleições, expectativa é sugerir importantes projetos a candidatos à Prefeitura

Por: Da Redação  -  15/12/19  -  19:35
Em evento, André Canoilas destacou a importância de trazer mais entidades para o futuro conselho
Em evento, André Canoilas destacou a importância de trazer mais entidades para o futuro conselho   Foto: Vanessa Rodrigues/Arquivo/AT

Estabelecer uma parceria com os candidatos a prefeito de Santos para obter deles apoio à criação e objetivos do futuro Conselho de Desenvolvimento Econômico de Santos, um organismo que vem sendo construído por instituições da sociedade civil organizada e tem por finalidade traçar metas e projetos para o crescimento da Cidade.


Esse objetivo foi definido na quarta-feira, em encontro na Associação Comercial de Santos (ACS) para o qual foram convidados o ex-prefeito de Maringá (PR), Sílvio Barros, que discorreu sobre os feitos do Conselho de Desenvolvimento dessa cidade, criado há 23 anos; e a ex-diretora executiva do órgão Márcia Santin, que explicou o modelo adotado.


André Canoilas, diretor Financeiro da ACS e um dos que estão à frente do embrião do idealizado conselho santista, disse considerar que o órgão não deverá ter interferência político-partidária. Mas, a exemplo do que se fez em Maringá, será importante o compromisso da Prefeitura em instituí-lo por lei municipal.


Canoilas embasou esse entendimento no que foi apresentado por Barros e Márcia. Eles explicaram que, na cidade paranaense, as atividades do conselho são pagas pelo Poder Público – incluídos salários da diretoria executiva e do corpo técnico, gastam-se R$ 500 mil por ano.


Apesar de três de suas 22 cadeiras serem reservadas ao Poder Público, quem indica seus ocupantes são os membros da sociedade no conselho. Isso vai ao encontro do que Canoilas havia manifestado na reunião: a criação de organismo sem ingerência de políticos.


O diretor Financeiro da ACS celebrou que o desejo de se instituir o conselho coincida com a proximidade do calendário eleitoral. Para que se torne mais fácil convencer os futuros concorrentes, sugeriu que mais entidades, além das 12 iniciais, e maior quantidade de pessoas desses grupos se engajem na ideia.


Mais interessados


André Canoilas, que há cerca de dois anos tem reunido elementos para a formação do conselho, a princípio de forma conjunta com a Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), antecipou uma proposta: a de que, depois de constituído, o Conselho de Desenvolvimento santista reúna mais entidades interessadas.


Barros recomendou disposição para “compartilhar bônus e ônus”. Na prática, devem isentar da Prefeitura e assumir as críticas pelos impactos de ideias propostas pelo conselho.


Modelo


A ex-diretora executiva do Codem Márcia Santin explicou o modelo do conselho de desenvolvimento instituído em Maringá:22 participantes (três deles do Poder Público), uma diretoria executiva, câmaras técnicas, um conselho consultivo de ex-presidentes, corpo técnico e custeio pela Prefeitura – R$ 500 mil por ano, ou 0,03% dosR$ 1,7 bilhão do orçamento anual. Márcia observou que apenas a diretoria executiva e os técnicos são remunerados: os demais trabalham de forma voluntária.


Instituições participantes


Estes são os organismos que participaram do lançamento das bases do futuro Conselho de Desenvolvimento de Santos, na quinta-feira:


- Associação Comercial de Santos;
- Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob)/Sinduscon-SP;
- Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Secovi);
- Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado (Sindamar);
- Universidade Católica de Santos (UniSantos);
- Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Santos (OAB-Santos);
- Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (Aeas);
- Santos Convention & Visitors Bureau;
- Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SinHoRes);
- Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados(Abtra);
- Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista;
- Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres (ABTTC);
- Câmaras setoriais de Ensino e de Armazéns Gerais da Associação Comercial de Santos.


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